Venho aqui nesse cordel
Propor nova condição
Sugerindo aos mestres
Esquecerem a confusão
Começar tudo de novo
Fazendo cordel pro povo
Como é feito no sertão.
Não me excluo desse ato
Não vi nenhuma vantagem
Excedi-me, fui imprudente
Falei até sacanagem
Mas não acho isso legal
Usar meu potencial
Pra falar tanta bobagem.
Cordel pra ser bem legal
Precisa de galhardia
Seguindo suas origens
Na maior categoria
Igual aos antepassados
Que nos deixaram legados
Herança de muita valia.
Quando leio Zé Limeira
Ou Patativa do Assaré
Mostrando tanta beleza
Deixa meu cabelo em pé
Meu pêlo vai arrepiando
O coração se encantando
Enche meu peito de fé.
Existem temas incríveis
E assuntos bem legais
Com nosso potencial
O certo cordel se faz
Sem fazer provocação
Mostrando a opinião
Que cada poeta é capaz.
Cessem os xingamentos
E as ofensas pessoais
Será o fim dessa prática
Baixaria nunca mais
No cordel de cavalheiros
Os puros e verdadeiros
Unidos teremos paz.
Mestres Almir e Zéferro
Dois tremendos cordelistas
Poetas de finos tratos
Pra mim são como artistas
Com vocês vou aprendendo
Devagar eu vou crescendo
Seguindo as vossas pistas.
Manezinho de Icó
Os mestres são como espelhos, suas imagens refletem a divina luz da sabedoria e da experiência; cabe ao aprendiz seguir essas pegadas.
Quero agradecer aos grandes mestres que muito têm me ensinado nesse pouco tempo que por aqui ando. François Pecori Massa (mestre Egídio) Almir e Zéferro. Minha eterna gratidão.
Em tempo: qualquer correção nos meus cordéis será bem-vinda, agradeceria se a mesma fosse feita através do meu e-mail. Estou sempre pronto a aprender e me corrigir de qualquer vício ou erro técnico no cordel.