Um sábio me dizia: “ Esta existência não vale a angústia de viver. A ciência, se fossemos eternos, num transporte de desespero, inventaria a morte !!!
Uma célula orgânica aparece no infinito do tempo. E vibra, cresce e se desdobra e estala num segundo ...
Homem, eis o que somos neste mundo !
Falou-me assim o sábio e eu comecei a ver, dentro dessa própria morte o encanto de morrer ...
Um monge me dizia: “ Ó mocidade, és relâmpago, ao pé da eternidade !
Pensa: _ O tempo anda sempre e não repousa.
Esta vida não vale grande coisa. Uma mulher que chora, um berço a um canto, o risco ás vezes, quase sempre o pranto ... Depois, o mundo, a luta que intimida, quatro círios acessos – eis a vida”.
Isto me disse o momge e eu continuei a ver, dentro da própria morte, o encanto de morrer.
Marcela
30/08/2001. |