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Artigos-->O TERCEIRO MILÊNIO - Parte 1 - 6 bilhões de pessoas! -- 02/07/2001 - 15:20 (J. B. Xavier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O TERCEIRO MILÊNIO – Parte 1 - 6 BILHÕES DE PESSOAS.



Por J.B.Xavier



Todos nós, de certa forma, buscamos a eternidade. Seja através da arte, dos filhos, ou de outro meio qualquer que nos projete no futuro. Assim, penso, cabe, no limiar do terceiro milênio, uma reflexão sobre nosso futuro mediato.

Somos todos passageiros de uma gigantesca nave espacial, a Terra. Para quantos passageiros teria sido construída? Esta é a primeira questão decisiva para a sobrevivência desta espaçonave sobre a qual os planejadores precisam se debruçar.

Esta é a Terra como hoje se oferece ao homem: Uma nave espacial cósmica, em rota através da noite sem fim do universo. Sua construção é invulgar e extremamente frágil para a gigantesca viagem a que se propõe: Suas paredes não são de chapas de aço, mas de partículas atômicas sensíveis que o magnetismo terrestre dispõe em capas.

A cabine não é plana, e está montada sobre uma placa rochosa. Apesar disso, a nave espacial Terra não se distingue em nada de uma espaçonave comum ou de uma estação espacial típica.

A nave Terra tem seis bilhões de passageiros a bordo, que possuem, como nunca, o poder de modifica-la. Onde a conduzirão? Conduzi-la-ão ao paraíso imaginado pelo homem? Destruí-la-ão?

Qualquer nave espacial é construída para abrigar determinado número de passageiros. Numa missão espacial da NASA, os vôos orbitais são planejados para a sobrevivência de um número exato de pessoas. Um a mais que pegasse carona nesse vôo, morreria de fome, ou de frio. Do mesmo modo, há um limite para a nave espacial Terra. Para quantos passageiros teria sido ela construída? Essa é uma questão decisiva que os planejadores terão que urgentemente responder.

Os planejadores do passado já contaram e recontaram, fizeram e refizeram as estimativas de lotação dessa nave espacial, e, pelos seus cálculos, essa lotação máxima já foi atingida há muito tempo. Ainda assim, o homem tem conseguido extrair de sua espaçonave os recursos necessários à sua sobrevivência.

Hoje, os planejadores de plantão afirmam que ainda não atingimos o limite dessa extração. O que precisamos, dizem eles, é aprender a distribuir o seu produto equanimemente. O volume do desperdício mundial de recursos, sejam de geração de energia, de alimentos ou de bens - segundo eles – é praticamente igual ao volume efetivamente consumido! Por esse raciocínio, infere-se que a nave espacial Terra, suportaria, em tese, o dobro dos passageiros que agora abriga.

Digo em tese, porque há outros fatores envolvidos na sobrevivência da raça humana, além dos nomeados acima.

Há mais de cinqüenta anos se conhecem os efeitos da superpopulação. Em experimentos de laboratório, cobaias devoravam-se umas às outras depois de ultrapassado determinado número de indivíduos por unidade de espaço físico. Ou seja, cada indivíduo precisa de um determinado espaço físico ao redor de si. Sem esse espaço o tecido social rompe-se.

John Femlin, um cientista estudioso do assunto, forneceu um limite máximo absoluto para o número de pessoas sobre o planeta: 120 pessoas por metro quadrado, incluído os mares. O mundo imaginado pelo cientista é um mundo pavoroso. Ele não considerou os recursos naturais como fatores limitantes do crescimento, porque partiu do princípio de que os homens, férteis em invenções, conseguiriam, prover as necessidades de alimento e habitação desse número de pessoas. O fator limitante, na verdade, seria o calor gerado por essa massa humana. “Ninguém gostaria de viver num mundo onde se morre pelo calor gerado pela própria humanidade” disse a respeito zoólogo vienense Wolfgang Wieser.

A massa humana prevista por John Femlin – 60 trilhões de pessoas – será atingida em escassos 900 anos, se a população da terra continuar a crescer ao ritmo atual.

Atualmente, cada dia traz ao mundo 300.000 pessoas – mais de 100 milhões por ano, ou seja, metade da atual população brasileira. Isto significa que por volta do ano de 2030, haverá cerca de 14 bilhões de pessoas sobre a terra, e em 2060, algo em torno dos 28 bilhões. Um cálculo da ONU, nos anos 70, informava que a Terra estaria com aproximadamente 7 bilhões de pessoas por volta do ano 2000. Isto mostra a precisão dessas projeções.

No presente momento, salvo se algo de extraordinário acontecer, dirigimo-nos a uma velocidade aterradora par a realidade descrita por Fremlin.

A questão central é: Em quantos bilhões deverá estaciona a população terrestre para que as pessoas que nela vivem possam ter um mínimo de qualidade de vida? A National Academy of Sciences, da Inglaterra considera 30 bilhões o limite. O economista britânico Cr.Colin Clark crê que o planeta estará completamente lotado quando tiver sobre sua superfície 35 bilhões de pessoas. Outros economistas admitem cifras mais elevadas. O americano De Witt fala em 146 bilhões. Com esse número cada habitante disporia de 750 m2 de espaço vital, o que, segundo ele, seria suficiente. “Nossas cidades atuais” – raciocina ele - “disponibiliza em média 220 m2 para cada habitante, e ainda assim há espaço para parques de diversões, praças etc.”.

Obviamente, sabemos que a distribuição de um espaço tão exíguo, e, portanto muito valorizado, não seria igualitária, e, portanto, teríamos, a julgar pelos parâmetros atuais, uma enorme massa de pessoas vivendo em situação absolutamente insustentável. Hoje já é possível se ter uma clara idéia desse problema.

O ideal seria que a espaçonave Terra não atingisse esses limites de população, mas a descoberta inquietante é: as possibilidades de conter o aumento populacional antes dos 15 bilhões é praticamente nula.

Até pouco tempo atrás, o planejamento da população era feito em função de uma data mágica: o ano 2000. Agora ele é pensado em função de um número: 15.000.000.000. Pouco mais que o dobro da população terrestre atual.



FIM DA PRIMEIRA PARTE
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