VIA LACTEA, CONSOLO NOS DIAS TRISTES

Marcelino Rodriguez

Quando menino eu tinha o sonho bonito e grandioso de mostrar as pessoas a existência de Deus, provar as coisas que eu percebia e sentia, mas era um pensamento ingênuo, abstrato, que vinha do fundo da minha alma e eu não tinha a mínima noção de comno faria isso: provar a sensação ou intuição divina aos outros que eu tinha como certa, embora não fosse isso nada racional, naqueles meus primeiros anos.Acabei com o tempo, porém, descobrindo minha vocação de escritor, porque como poeta eu encabulo demais e jogo sempre ue posso isso para debaxo do tapete;cresci e vivi, entre sofirimentos e melancolias muitas vezes vinda da vida e de incompreensão grande porque o que é prioridade para mim a muitos sequer interessa. Subestimaram a cultura na educação nos íltimos anos.

Terminei a pouco meu novo livro e encontro-me praticamente sozinho no mundo, em outra cidade, acompanhando não apenas a tristeza da minha vida pessoal, mas o temor de que a humanidade se perca de vez nos rumos

incompreensiveis que o planeta passa nesse momento, de desamor e maldades provocadas pela igmorâmcia e desobediência aos mandamentos e valores sagrados. Passei meses andando dois quilometros ou mais para escever

o livro em que conto u pouco minha trajetória humana e compartilho uma história de amor que levou-me a descobrir, entre lágrimas e sorrisos, que só o amor tem, acima de tudo, valor absoluto. Além disso, alerto para o perigo que corre o futuro da edicaç]ao e do desemvolvimento humano do país com o baixo índice de leitura da população, o que também baixa em muito o valor e a qualidade de vida que temos. Pouco apoiado sinto-me cansado e solitário, entre carinhos de poucos e abençoados amigos que me salvam,. Não sou homem de medo, mas de tristeza e vergonha, as vezes raiva; o sentimento de impotência diante dos fatos é dolorosa. Vejo que mesmo contra mim, que nada quer de oposição nem guerra porque sei que a agressividade é parte do estágio primitivo e animalesco do ente humano, assim como a competição. Não desejo nada mais que estar na presença de Deus e da minha dignidade. A meses escuto palestras que alertam que a falta de ética e solidariedade poderão acabar com a vida humana na terra, porque a interdependência é nossa sina, queiramos ou não. Pouco posso com meu trabalho, apesar de digno e relevante para parte da coletividade, a melhor parte, fazer muita coisa porque no que dependo dos outros o reconhecimento tarda e me atrasa projetos maiores. E de mais que poderia fazer, limitações me impedem.

Seu eu conseguisse ao menos comover de vez ao mundo, eu deixaria uma mensagem feita com uma imagem que fala , para quem sabe ver, de modo inequivoco.

Abram o google e cliquem Via Lactea. Vejam o tamanho do cosmos ou Deus, veja o nosso tamanho e vejam o que fazemos do planeta terra, que nessa imensidão é apenas um detalhe. Um belo detalhe, sem dúvida. Quem sabe a Via Lactea diga o que não consigo exprimir e mais alguns busquem salvar a harmonia.

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