Se eu não conto as coisas como elas realmente aconteceram, elas não aconteceram. Sou fidelíssima comigo, mesmo que me custe um alto preço.
Dia 09/12/11 aconteceu a formatura dos meus alunos dos nonos anos. Foi um dia muito especial! Fui homenageada e ouvi palavras maravilhosas de uma aluna querida e inteligente. Claro que chorei. Principalmente por estar sofrendo a dor da separção. E que separação! Foi choro de emoção e dor. Após a colação, seguimos para a festa. Eu me sentia um pouco mal, pois não estava me alimentando direito desde o dia anterior. Mas decidi beber mesmo assim. Sentia-me feliz com e pelos alunos, e triste por ter de me separar de quem amo. Festejamos juntos. Tentei, não sei se consegui, expulsar a tristeza do meu coração e curtir a festa.
Os alunos não beberam nada com álcool. O que tentou dar um golpe carregando uma garrafa de... não me lembro qual a bebida que ele carregava, foi flagrado e sua bebida confiscada. O que me trouxe aqui foi um tremendo sentimento de culpa que está me pesando na consciência. Minhas alunas do 9° B me pediram para pegar bebida e dar para elas, claro que não fiz isso. Disse: NUNCA. Eu tenho o hábito de beber cerveja com gelo. Meu copo tinha um dedo de mais água do que cerveja. Eu estava justamente indo pegar mais, quando uma aluna, que não é minha, veio e me pediu esse resto. Eu permiti que ela bebesse o gole final e agora estou aqui me remoendo por isso. Se pudesse fazer voltar o tempo... estou me sentindo muito mal. Sensação de desosnetidade para comigo, sabe? Estou pesada e suja. Esse gesto apagou o NUNCA que dei às minhas alunas. Tudo bem, elas queriam copos cheios, mas deixar que uma desse um gole no meu copo foi como ter atendido ao pedido delas.
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