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Um jeito especial de ver Vitória
O livro A Ilha da Nostalgia crônicas/reportagens de Vitória, de José Tatagiba , jornalista e artista gráfico, nascido em São José dos Calçados, possui , um texto leve, coloquial, com humor refinado, que cativa o leitor logo nas primeiras páginas. Descreve com muito carinho a história de Vitória: O bairro São Antônio," berço dos tipos populares e artistas da ilha", Vila Rubim , onde "ficavam os armazéns de secos e molhados, e o Parque Moscoso, com os lambe- lambes e a concha acústica.
É impossível não se deixar envolver com a narrativa. Até mesmo quem não conheceu os tipos populares que deram um colorido a nossa cidade, se delicia com a história da mendiga Dona Domingas, " a única mendiga no mundo a possuir estátua em praça pública. Ele também lembra Otinho e Rosinha, Vivi, Américo Rosa, Maria Rasteirinha e tantos outros.
Também relata um pouco dos monumentos da nossa cidade. Recorda Carlos Crepaz, pintor e escultor, nascido na Itália: mas que " viveu seus melhores momentos de criação em Santo Antônio.
José Tatagiba como não podia esquecer, narra fatos pitorescos da vida noturna de Vitória, "quando ela era uma pequena ilha, sem poluição e desemprego" . "Um dos bares mais famosos era o Blitz, devido a preferência que jornalista, escritores e artistas tinham pelo local. O autor revive o Bar Marrocos, O Mar e Terra, " salvação dos boêmios famintos" o Bar do David, preferido dos radialistas, onde sempre se encontrava um chope gelado e uma inesquecível moquequinha de cação.
Fatos curiosos acontecidos nas rádios da Capital, são lembrados com muita sensibilidade. " No início dos anos 70 dois programas disputavam a audiência na parte da manhã, Programa Castello Mendonça, na Rádio Vitória e Programa Jairo Maia, na Capixaba.
Bem, o livro de José Tatagiba é uma boa leitura, um convite ao prazer de ler. Afinal, Viver não é somente ver Vitória, mas saber um pouco mais da nossa cidade e de nosso povo.
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