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Cartas-->Carta da mãe do Cap Benedicto -- 28/11/2005 - 11:45 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Carta da progenitora do Capitão Benedicto Lopes Bragança, aos Comunistas


Ministério da Guerra – Imprensa Militar, Rio de Janeiro, 1945

Bello Horizonte, 4 de fevereiro de 1936.

Desgraçado! Que fizeste do meu filho? Que mal te fez ele?

Mataste-o impiedosamente pela tua ambição de mando e de riqueza. Ele era um servidor da Pátria que tu traíste, mas não tinha o poder que tu ambicionavas nas tuas mãos.

Assassino!

Mataste meu filho, que aquela hora no cumprimento do seu dever velava, enquanto tu, maldito, demente idealista sacrílego, feria tua – Grande Mãe – Malvado, se tanto podes juntes com tua Madrasta – Rússia - e devolva-me meu filho !

Matricida!

Rasgaste o peito da boa mãe que quatro anos embalou a tua mocidade, dando-te roupas, alimentação, ensinamentos, no meio de centenas de irmãos, ferindo-a no coração.

Covarde!

Nem a morte te quer, tu que venalmente quiseste enfrentar um Exército leal não tens coragem para te matares. Mata-te, desgraçado, já que traíste mães que soubessem te guiar à senda do bem e que certamente não terá sentimento para chorar a tua perda.

Estas palavras escritas com lágrimas de saudade de meu filho, certamente, te causarão raiva. O meu filho foi bom em toda a extensão da palavra – filho abençoado, irmão idolatrado. Viveu 25 anos porque teve educação a par dos seus bons sentimentos; sempre trabalhador, estudioso e leal, - graças a Deus sempre cumpriu com o seu dever e cumprindo o dever morreu.

Eu, no meio da tristeza, da amargura e do sentimento que tenho de não ver mais meu idolatrado filho, sou mais feliz que tua mãe, essa infeliz, se ainda vive, se não a mataste ainda para ver de onde foste gerado!

O meu Benedicto é mais feliz do que tu, morreu de consciência tranqüila e justo se acha na paz de Deus, e o seu nome na terra é venerado como símbolo. O Brasil inteiro, e muito especialmente Minas, demonstrou nas homenagens que lhe tributaram nos funerais.

E tu, qual será o teu fim? Certamente na pupila do olho de Moscou.

Demente, olha para o céu, fita o sol se és capaz!

Matricida – pois esta hora tua mãe deve estar morta de dor, que tu lhe causaste.

Traidor!

Assassino!

Maldito, mil vezes maldito!

Ri, desgraçado, das minhas lágrimas, do meu desespero!


(Ass.) Balbina Lopes Bragança




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