Usina de Letras
Usina de Letras
194 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62152 )

Cartas ( 21334)

Contos (13260)

Cordel (10448)

Cronicas (22529)

Discursos (3238)

Ensaios - (10339)

Erótico (13567)

Frases (50554)

Humor (20023)

Infantil (5418)

Infanto Juvenil (4750)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140785)

Redação (3301)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1958)

Textos Religiosos/Sermões (6176)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Humor-->Caso da Polícia -- 13/06/2007 - 15:33 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
CASO DA POLÍCIA

Jacornélio M. Gonzaga (*)

Inicialmente, meus agradecimentos aos leitores que me cumprimentaram pelo AUTO EXÍLIO e me incentivaram a manter a luta para retornar ao trabalho beneficente e filantrópico que eu executava à frente do Fundo Nacional de Pensão dos Anistiados Políticos (FUNPAPOL).

Como bom administrador público e político tarimbado, não deixarei me abater em função de uma simples investigação da Polícia Federal, baseada em grampos, onde minha voz é imitada; ou por levianas acusações de receber dinheiro de empreiteiras para pagar minhas contas particulares (nem filhos tenho, nem dentro, nem fora do casamento); ou, até mesmo, por atuar como lobista em favor de narcotraficantes. Embora não seja irmão de presidente, não vão me colocar algemado e atrás das grades.

Aliás, a perseguição ao Noço Guia está demais. Foi só ele viajar e incriminaram o irmão dele, o Vavá. Ainda bem que o NG mandou investigar tudo e a fundo: “duela a quien duela”, lembrando o grande estadista collorido. Chegaram à conclusão de que o elemento incriminado como lobista era Edwaldo Isídio Neto, aquele grande jogador de futebol, conhecido como o Leão da Copa, falecido em 19 de janeiro de 2002, e que deu tantas alegrias ao Vasco da Gama (1952 – 1958) e à seleção brasileira.

Segundo as diligências, Vavá, durante o Governo Lulla, utilizava-se do fato de ter sido bicampeão mundial em 1962 para conseguir favores dos políticos e administradores públicos para a máfia de caça-níqueis.

O gozado mesmo, é que o irmão do Noço Guia, por parte de pai, Germano Inácio da Silva, “não põe a mão no fogo por ninguém”, referindo-se a Genival Inácio da Silva, o Vavá (o verdadeiro).

Outro amigo do NG, injustamente envolvido em uma relação incestuosa e de falcatruas com a empreiteira Mendes Júnior, é o senador Renan Calheiros que, por ser muito religioso, não usa camisinha em suas relações diversas. Assim sendo, sua excelência teve sua vida privada aberta à execração pública.

Lembro-me que, um senhor de idade, alcunhado de ACM, possivelmente sob efeito da esclerose, falou na tribuna do Senado, em sete de março de 2001, que o Renan “estava no bolso da Gautama”. Coisas de baiano! Ou será que o senador estava na bronca com o Zuleido de querer dançar axé sob o som de outra banda?

Se não fosse a proteção do senador Sarney, o Calheiros estaria roubado. E como são as coisas! Em 1985, o Noço Guia assim se expressou sobre o Zé: “Se disputasse uma eleição, os votos do Sarney não dariam para encher um penico”. Pois é! Hoje, sem o apoio do acadêmico, o Renan estaria na privada e o (des) governo sem um aliado na Presidência do Congresso e Senado.

Observando todos os escândalos, falcatruas e desonestidades presentes no aparelho governamental do Brasil, tenho a certeza que a governabilidade passa por uma boa Delegacia, pois, realmente, a coisa é um caso de polícia. Mas qual será a autoridade policial que vai conduzir o inquérito?

Minha proposta é que coloquemos o Ministro do Superior Tribunal de Justiça, Paulo Medina, à frente das investigações.

Como ele vai precisar de uma proteção extra, o Ministério da Justiça passará à disposição do Paulinho a pirotécnica Força Nacional de Segurança, aquela mesmo que nesta semana, no Recreio dos Bandeirantes / RJ, fazia uma corrida – muito sem graça e desmotivada. Os cerca de cem elementos, que compunham o grupamento, cantavam (muito baixinho) as “qualidades” da tropa. Tudo isso, sob a proteção de seis “corredores” portando fuzis e outros armados de pistola. É o estado seguro propiciado pela política nacional de segurança pública do partido.

Mas as coisas vão melhorar!

O ministro da Justiça, Tarso Genro, estuda (e já deve ter definido) “o valor da complementação a ser paga pela União aos policiais estaduais, uma das medidas mais importantes do Programa Nacional de Segurança com Cidadania (PRONASCI), o chamado PAC da Segurança. Pela proposta a ser apresentada, o governo federal vai transferir R$ 16,3 bilhões para o pagamento das corporações policiais (Polícia Civil, Polícia Militar e Corpo de Bombeiros), nos próximos nove anos.

O projeto do ministro Tarso Genro prevê um piso nacional unificado de R$ 1.672,56. Chamado de Salário Mínimo Necessário (SMN), o valor foi calculado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese), com base nos preceitos fixados pela Constituição para o salário mínimo para atender "às necessidades vitais básicas e às de sua família" do trabalhador.

A Polícia Militar é a que sairá mais cara para a União, que desembolsará R$ 11,9 bilhões, durante nove anos, para complementar o SMN da corporação. A Polícia Civil custará, no mesmo período, R$ 2,3 bilhões, enquanto o Corpo de Bombeiros sairá por 2,1 bilhões para os cofres do governo federal, também em nove anos, a partir de 2008. O total do efetivo das três corporações a ser atendido será de 524.834 homens no final do programa.

O Ministério da Justiça já apresentou à Caixa Econômica Federal um pedido de financiamento para 25 mil moradias. A primeira resposta da CEF é de que seria possível financiar apenas 10 mil. Seriam beneficiados policiais militares, civis e agentes penitenciários. As negociações estão em andamento. Dentro do ministério, estuda-se a possibilidade de que policiais inadimplentes - problema crônico nas corporações - possam adquirir suas casas populares, mas com desconto nas folhas de pagamento.

Sempre ouvi dizer que o Estado Brasileiro não tinha condições de dar aumento salarial aos militares, tendo em vista que esse reajuste é estendido aos inativos e pensionistas: “-não dá para dar um aumento grande, porque é muita gente!” Ora bolas! Somando-se o pessoal profissional das Forças com os “aposentados” e pensionistas, dá um número menor do que os atendidos pela Bolsa-Polícia.

Ainda bem que os militares não são trabalhadores, portanto, não precisam atender "às necessidades vitais básicas e às de sua família" nem adquirir casa própria, pois não têm o “problema crônico de inadimplência”, devido aos excelentes salários que recebem, constantemente reajustados pelo índice-congresso.

Polícia-Cidadã - corporações bem pagas, prestigiadas e “prendendo corruptos”. Forças Armadas mal remuneradas, sucateadas e sem verbas para adestramento e reaparelhamento. Está montado o cenário para um Estado Policialesco.

Parabéns, a administração pública deixou de ser um caso de polícia e passou a ser um caso da polícia.


(*) Jacornélio é militar-cidadão e, atualmente, ainda é ex-Diretor-Geral do Fundo Nacional de Pensão dos Anistiados Políticos (FUNPAPOL), mas vai voltar.

Revisão: Paul Word Spin Org Writer

Brasília, 08 de junho de 2007 - e-mail: jacornelio@bol.com.br e jacorneliomg@hotmail.com




Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui