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Cronicas-->2011 - Meus Irmãos -- 17/07/2011 - 16:07 (Jairo de A. Costa Jr.) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Tornei-me filho em mil novecentos e cinquenta e quatro, primeiro de uma série de nove, o que não deve ter sido fácil para a Dona Cida e o Seu Jairo. Sina ou não, sempre serei o mais velho e me faz condutor de algumas atividades. Meu pai tinha muita consciência disso e, no particular, sabia usar tal condução. Além do que, quantas vezes ficamos a sós, andando por São Miguel. Pai vamos abastecer o carro comigo, era nossa senha para uma conversa. Depois do posto, íamos pela cidade, lá em cima, lá em baixo, pegar uma carne, ver um caminhão novo, ver mamãe Cotinha. Fazer uma fezinha na loteria, qualquer novidade, vamos lá. Assim, por umas duas horas, lado a lado, nós colocávamos a presença em dia. Sinto uma falta.

Neste momento, estou conduzindo mais uma condução, fechando vontade da minha mãe e dele, pelo que me foi dito nas nossas andanças. Fião confio muito em você e sei o que representa prá todos nós. Ele tinha o jeito de cada filho, sabia onde apoiar e como. Sabia os defeitos nossos, mas, raramente comentava. Entendia e dizia ser assim mesmo. Sempre preferiu ficar com as qualidades. Depois que ele se foi, tenho feito o mesmo com minha mãe, nem sempre de carro, mais por telefone e nas minhas idas, comer um torresminho. Engraçado é que Dona Cida age igual e pensa mais do mesmo, prefere as qualidades de cada filho e do núcleo que cada um criou. Quando acho que ela está falando mal de cada um, ela está enaltecendo, é o modo dela e eu nem sei explicar. Tenho certeza, ela aceita cada um, como são. Só ela pode criticar e falar e como fala. Não tome o lugar dela.

Meus irmãos e eu temos defeitos. Puxa, quantos. Mais de mil, porém, muito menos, do que temos em vantagens. E, hoje, preciso dizer a cada um o que, de fato, eles são. Pessoas que vem lutando pela vida e construindo sua participação neste mundão, neste lapso de tempo. Todos bravos, inclusive eu, ao mesmo tempo protetores. É fácil falar da chatice de cada um. Não precisa, é só parte necessária do espírito. Cada um, ao seu jeito, é um poço de coisas boas. Tem administrador, pedagogo, professoras, caminhoneiros, enfermeira professora doutora, um é especial duas vezes, por ser down e por ser o que representa. Tem mais velho, do meio, caçula, imitadora, chorona, pirados, motoristas com coragem e sem, falam alto e falam baixo, são inteligentes e, de vez em quando, até lesos, emotivos e acham que sabem a verdade, só que a verdade sempre é de cada um. É muito mais fácil falar do que cada um tem de bom. Eles são bons!

Trouxeram genros, noras, netos e netas, sobrinhos, uma fauna e flora completa, orquídeas e espinhos, todos com as suas qualidades e vantagens. Já tivemos momentos memoráveis, só rojão. É o que importa. O que precisamos é soltar mais rojões. Meus irmãos são todos legais, cada um cada um, ao seu jeito e no tempo próprio, mesmo o que já se foi se mantém presente. Quero mandar um abraço a todos eles, dizer que continuaremos sendo os nove filhos dos nossos pais. Hoje, dezessete de julho de onze, somos o que somos. Irmãos! Beijos.
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