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Infantil-->O Caso do Furto dos Pimentões. -- 08/07/2004 - 16:51 ( Alberto Amoêdo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Afonso plantou carinhosamente uma semente de pimentão numa latinha de ervilha, que dia-a-dia ele cuidava...colocava água, conversava e conversava horas a fio, até à tarde se perde nas paralelas da noite que iniciava.
No dia seguinte, quando do segredo da terra ela se espreguiçou e brotou dizendo: - Ah que alegria! O mundo é lindo!
O Sr. Afonso, que matinalmente ia cuidar viu nascer o talo e as primeiras folhas, ficou orgulhoso e foi correndo exibi-la a sua esposa.
Dia-a-dia, dia-a-dia o pimentão foi se desenvolvendo.Crescendo, crescendo e enchendo-se de flores branquinhas.Ai é que o Sr. Afonso caducou:
-Olha Nete o pimentão já está dando flores.E em breve teremos pimentões.
-É melhor mudá-lo para uma lata maior!
E assim, aproveitou o fim da tarde para efetuar a troca de lugar.
Na manhã seguinte, todo prosa o pimentão estava a exibir-se numa garoa que refrescava a alma da terra, mas não notará a anormalidade.
Já Afonso quando acordará deu certo com os olhos no absurdo:
-Meu Deus o que será que aconteceu?
D. Nete correu a janela e foi em socorro do marido:
-Afonso o que foi que aconteceu.
-Não sei dizer ao certo, mas parece que as flores caíram com a troca de lugar ou foram aviltadas por algum bicho.
D. Nete acalmou o seu marido acreditando na possibilidade da mudança de lugar.
Porém, por vias das dúvidas Afonso envolveu ao pimentão num saco plástico todo furadinho para protegê-lo.
De forma que os dias foram correndo e outras flores nasceram.E aospoucos começaram a aparecer no lugar sutilmente pequenos pimentões, que fizeram na face cansada do lavrador da terra...Afonso um raio de felicidade.
Foi tão comemorado o nascimento dos pimentões, que em comentário com a sua esposa ambos concordaram em tirar o plástico para deixar a planta ao ar livre.E tão altaneiro o pimentão se exibia, com os seus frutos, que o seu alarido fez o senhor vaga-lume descansar na sua folhagem, acendendo e apagando, parecendo uma árvore de natal.
No dia seguinte, que horror.Os pimentões haviam desaparecidos e o pimentão estava tão fúnebre, que de dia parecia ainda está dormindo.
Ao acordar o Sr. Afonso tomado de assalto chamou por sua esposa, que veio partilhar daquele momento de tristeza.
Agora não adiantava mais chorar, o jeito era fazer algo.E melhor, começar tomando medidas, que surtissem efeitos.
Então Afonso resolveu levar para dentro de casa o pimentão, e lá cuidar até que eles voltassem a nascer.
Alguns dias se passaram, o pimentão floresceu e desenvolveu belos frutos.Quando já estavam com dois centímetros, ele resolveu plantá-lo no quintal.Uma vez que o pimentão já alcançará meio metro de altura.
Preparou uma cerca, envolveu-o em um saco plástico furado e adubou com terra adequada.
Ao amanhecer do outro dia os pimentões estavam todos ruídos.
Enfurecido o Sr. Afonso esbravejou:
-É um crime! Preciso pegar essa praga, que está acabando com a minha paciência.
E junto com a sua mulher montaram uma estratégia para pegar a persona não grata.
Veio a primeira noite, a segunda e na terceira um gafanhoto todo sorrateiro, com a ajuda de um vaga-lume se aproximava do pimentão enquanto ele dormia e bem devagar roia o pimentãozinho.
Afonso que armou a sua rede lá no pátio ficou só fitando.
Desceu de mansinho da rede, abriu a porta da cozinha, acordou a sua esposa e juntos pegaram um saco e seguiram até a plantinha, que dormindo sem perceber o que estava acontecendo.
O gafanhoto e o vaga-lume, entretiam-se naquele banquete, que se constituía numa festa de despedida.Afonso e Nete cobriram com violência e destreza o pimentão, que não houve jeito de fugir.
O gafanhoto gritava, o vaga-lume esperneava dizendo que a culpa não era dele, que tinha sido induzido à cumplicidade.Mas Afonso não quis saber, os levou e os colocou enclausurados num vidro de maionese vazia.Enquanto o pimentão não sabia se chorava ou sorria.
Enquanto o destino dos dois animais era decidido em conjunto, ao redor da mesa, o pimentão desenvolvia-se com toda a graça, com os seus frutos saudáveis, com toda a sensibilidade da natureza.
Afonso e Nete, enfim sentenciaram, cobriram o vidro de maionese com um pano e caminharam bastante mata abaixo e soltaram ambos numa noite chuvosa e escura.
Embora o vaga-lume tentasse iluminar não conseguia e assim os dois foram parar em outra freguesia.
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