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Artigos-->Reis, rainhas e drag queens -- 11/07/2003 - 11:54 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Nos tempos modernos em que vivemos, é difícil existir um Governo “Real”, como o de sua Majestade “Rainha” Elizabeth, do Reino Unido. Porém, se na política a “realeza” anda em baixa, na vida prática ela sempre esteve em evidência, provando que, no fundo, todos nós gostaríamos de ter um pouco de sangue azul, de nos sentir “reis” ou “rainhas” – ainda que alguns prefiram ser “drag queens”...



Vejamos. Quando queremos destacar alguém, logo o chamamos de “rei”. Assim, temos o “rei” do futebol, Pelé, o “rei” do rock, Elvis Presley, o “rei” do baseado, Jimmy Hendrix. Milene, mulher do “fenômeno” Ronaldo, é a “rainha” das embaixadas – não a do circuito Elizabeth Arden, a da bola mesmo. A lista é longa: só no Brasil temos muitos “reinados” se destacando: “rei” do café, “rei” da soja, “rei” do suco de laranja, “rei” do açúcar, “rei” do álcool, “rei” do aço.



A omissão de sucessivos governos é a “rainha-mãe” de toda a violência que se observa nas grandes cidades brasileiras, especialmente Rio e São Paulo. Tudo começou com o primeiro Governo Brizola, no Rio de Janeiro, que proibiu a polícia de subir morro. Deu no que deu. Naquela época, “brizola” era sinônimo de cocaína. Por quê? Nos últimos tempos, o Rio de Janeiro passou a ter feriados extras (que bom!), o comércio fecha quando o “rei” do pó, Nandinho Beira-Mar, de dentro da cadeia, manda seu corneteiro executar o toque de recolher... (Para enriquecer seu vocabulário, convido o leitor, que já sabe o que significa “brizola”, a ler o artigo de Olavo de Carvalho que fala sobre o “fiofó” do jornalista Sebastião Néry, no Mídia Sem Máscara. Seria Néry o “rei” do fiofó?)



O tenor Rinaldo Viana, que faz dueto com a soprano Liriel Domiciano, seria o “rei” da voz, caso fosse descoberto pela “rainha” Globo, não pelo Programa Raul Gil.



Para manter a saúde, muitos não abrem mão, digo, não deixam de abrir a boca, para comer uma geléia “real”, que é fabricada pelas abelhas para alimentar, quem? A “rainha” das abelhas.



E os políticos em Brasília? São “regiamente” pagos com o suado dinheiro do contribuinte: salário de R$ 12.000,00 (pelo menos uns 17 anuais, quando há convocação “extraordinária”, como agora), passagens aéreas, contas telefônicas, selos (Pra que selos, nesses tempos de Internet? Claro, ainda há “currais eleitorais” no interior, onde não há telefone, mas as cartas chegam lá.), auxílio-moradia, auxílio-paletó, automóvel com motorista, vale-alimentação, jetons, diárias, verba para gabinete (para os “aspones” – assessores de porra nenhuma). Sem falar da cadelinha Michelle, a que foi vista andando de carro oficial... Brasília pode ser considerada, do ponto de vista político, como a “rainha” da vadiagem, o expediente vai de 3ª a 5ª feira, e assim mesmo só quando há algo importante para votação no Congresso. Em Brasília, há, ainda, o “Rei” do Entulho, as céleres caçambas não deixam o lixo crescer nas calçadas.



Paulo Coelho é o “rei” do esoterismo, a família Gaspareto são os “reis” e “rainhas” da auto-ajuda – no sentido exato da palavra “auto-ajuda”, aquela que recheia suas contas bancárias...



FHC implantou um plano econômico que foi recebido como o derradeiro, para ingressarmos no Primeiro Mundo: o Plano “Real”. Mantendo artificialmente o câmbio, em paridade com o dólar, por longos 4 anos, até se reeleger, a dívida interna, que era de menos de 100 bilhões de “reais”, saltou ao final do Governo para mais de 800 bilhões. Hoje, pagamos, somente de juros, algo em torno de 100 bilhões de “reais”, ao ano. O arrocho salarial e tributário é ainda maior no Governo Lula-laite, para aumentar o caixa do “Fome Zero”, mais conhecido como “projeto chupim”, aquele que nos obriga a criar os filhos dos outros. Enquanto isso, a classe média, que efetivamente segura as pontas e as contas deste País, está se tornando miserável – e tem gente que ainda não caiu na “real”.



Lampião era o “rei” do cangaço, Romário é o “rei” da praia, Guga o “rei” do saibro, Robinho o novo “rei” do Santos, Chitãozinho e Xororó os “reis” do breganejo, Xuxa a “rainha” dos baixinhos, já nesse “reinado” quase tanto tempo quanto a “Rainha” Elizabeth. O mesmo ocorre com o “rei” Roberto Carlos, que não quer passar o bastão “real” a ninguém.



ACM “reina” soberano na Bahia – e no Senado, apesar dos grampos telefônicos –, é o “rei-da-cocada-preta”, com Jorge Amado e Mãe Menininha do Gantois agora o aplaudindo no céu, e Caetano e Gil e Gal e toda a Bahia aplaudindo-o na terra. O único apupo que ACM recebe é o da “companheira” Heloísa Helena, a “rainha” dos radicais livres, a “Passionária” do Planalto Central, a “Pecosa” do agreste alagoano.



Marta ex-Suplicy é a “rainha” do terceiro sexo. Gays, lésbicas, bissexuais, travestis, pederastas, assemelhados e simpatizantes prestaram-lhe justíssima homenagem, juntando 800.000 pessoas em São Paulo, sob as cores do arco-íris.



Lula, depois da posse, tem o “rei” na barriga – vocês viram como a pança cresceu? Seu prato principal é jabá com jerimum (carne seca com abóbora), por isso fala tanta abobrinha...



E o “reinado” do Corinthians, vai até quando? Eu, este ano, ando com o coração na mão: com um timinho que tem o meu querido Fluzão, dirigido por um canastrão fantasiado de técnico, Renato Gaúcho, o fantasma da segundona aparece novamente nas brumas das Laranjeiras.



- Le lion c’est le “roi” des animaux – diz o professor de francês. O que significa?

- O lião ia urrá mais desainimô – responde ágil o futuro presidente da UNE, que aparece em sala de aula umas duas vezes por ano.



No jogo de xadrez, o “rei” quase não se move, coberto por pesada indumentária. Nada de machismo nesse jogo: a “rainha” é a peça mais poderosa, “reina” sobre o tabuleiro, podendo se movimentar em todas as direções, por quantas casas desimpedidas houver.



Foram três “reis” que ofereceram presentes ao “Menino-Rei”, Jesus Cristo: Gaspar, Baltasar e Melquior, fato até hoje comemorado no Brasil nas festas de “reisados”.



Mas, Brasília não é só vadiagem. Todo dia 25, de cada mês, há orações, missas e curas na Catedral “Rainha” da Paz, em Brasília, cuja estrutura havia sido utilizada durante visita do Papa João Paulo II à cidade. Multidões de fiéis se reúnem sob o manto azul de Maria, a “Rainha” da Paz. Que ela proteja nosso sofrido Brasil, especialmente nestes tempos de socialistês petista, em que Lula ainda não vestiu a faixa presidencial, porém usa sem cerimônia um símbolo criminoso: o boné do MST.





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