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Cronicas-->2011 - Perdi o Desfile -- 05/04/2011 - 18:55 (Jairo de A. Costa Jr.) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Ano que vem, não vejo a hora do desfile. Assim terminei uma crónica, escrita um ano atrás, quando me tornei dois, um homem e um menino. Vivenciei dois desfiles comemorativos do aniversário da cidade, quarenta anos entre eles. Sempre é bom voltar a São Miguel, mesmo que a visita seja curta. Mas, sexta passada exagerei. Apesar de ter assumido comigo a volta ao desfile desse ano e já acertado certinho o andamento, perdi o tom. Primeiro, a semana de trabalho sofreu estresses, repercutindo sexta e aí, saí atrasado de Piracicaba, quase dez horas. Se pisar mais, chego pelas onze, pensei. Não consegui, deu uma onda de telefone e fiquei amarrado.
Onze e meia, parei ali no Posto do Paulinho, abasteci ouvindo os sons do desfile. Cheguei e minha mãe: - Já acabou, venha almoçar... Espere, vou lá na Praça, ainda tem um restinho. Ouvi a despedida do locutor oficial e vi as autoridades, já em despedidas, no palanque, branco, azul e amarelo, com bexigas da mesma cor. Em frente à banca, uma barraca, dessas de eventos, com uma exposição de fotos antigas. Um movimento só, em frente à igreja e nas praças laterais. Uma beleza, era o rescaldo do desfile, mas, valeu à pena ter ido.
Ao entrar na exposição, deparei-me com uma foto, de um desfile de mil novecentos e sessenta e cinco, ali naquela mesma praça. E eu estava na foto antiga e ali na praça também. Que coisa, de novo, eu era dois, homem e menino. Escutei. - Cadê a sua mãe? Vi uma moça, perguntando a um rapaz forte e bonito. Me intrometi na conversa, querendo ajudar e até disse: Óia, este aqui sou eu. Ele me olhou, eu perguntei - Quem é você? - Sou filho do João de Góes. Aí eu disse - Sua mãe parece ser esta daqui e este daqui é o seu tio, o Miguel. Depois mostrei outro tio dele, em outra foto - o Alcides. Demos uma olhada a mais na foto e saímos. Ele me disse a idade, mas não o nome. Eu estava apressado, querendo ver o resto da praça, que nem me apresentei. Sou o Jairinho.
Comprei todos os jornais e a revista comemorativa dos Cento e Vinte e Dois Anos, atravessei a praça e fui à Casa da Praça, queria comprar alguma coisa para meu irmão Mike. Vi uma camiseta I Love São Miguel Arcanjo, mas, não tinha o número. Nem tomei um café. Encontrei o Biano e pedi uma foto dele. Faz tempo que o Bianinho não muda. Desde que eu era criança, ele é o mesmo. Olhei a nossa Igreja, tirei fotos, sempre tiro, está com tapumes e em pintura. Vi a Heloísa, demos um Oi e um sorriso. Fui olhar o palanque e ninguém mais. Tirei uma foto.
Tudo isso em menos de meia hora. Subi, almocei torresmo, carne de porco, couve, feijão e arroz, ó beleza. Conversei alguma coisa com Dona Cida, abracei e beijei o Mike. Desci a Rua Cónego Francisco e entrei na Manoel Fogaça, peguei onda vermelha nos faróis. Passei na Camila, acertar umas contas com o Carlinhos e saí para São Paulo. Cheguei a São Miguel onze e meia, fiquei até uma e meia. Não disse que exagerei na visita curta. Perdi o desfile. Ano que vem, juro que chego mais cedo. Inté. Três de Abril de Onze, com chuva e friozinho.
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