To preparado
Pra te enfrentar
Nesse cantar
Sou abusado
Muito educado
E idealista
Perco de vista
O oponente
Infelizmente
Sou um artista.
Rasco tua lista
Bebo tua água
Deixo-te mágoa
Apago a pista
Cego tua vista
Pois sou valente
Quebro teu dente
Deixo banguela
Corre e amarela
Nesse repente.
Estou na frente
E me garanto
Causo espanto
No oponente
Que é uma lente
Não doma nada
A potra amada
Eu que domino
No papo fino
Ta dominada.
Essa parada
Eu já ganhei
Eu te levei
Pra emboscada
E dei risada
Desse pintinho
Ficou quietinho
Lili é minha
Como rainha
Meu doce vinho.
No meu caminho
De trovador
Vou te impor
Um duro espinho
Chorar o pinho
Só vai correr
Muito sofrer
No desafio
Chama teu tio
Pra socorrer.
O meu prazer
E a bruxinha
Minha Lilizinha
Meu padecer
Quem se meter
Leva porrada
Fica sem nada
Só resmungando
Pobre chorando
Na minha cilada.
Senhor Zéferro
Fica na tua
Chora na rua
Solta teu berro
Eu te encerro
Na concorrência
Pede clemência
Ponho-te arreio
Monto e apeio
Sou excelência.
Faço assistência
Para a Lili
Eu pago aqui
A penitência
Na eminência
Meu parecer
Vai convencer
A minha amada
Fada encantada
Quero você.
Pode esquecer
A potra brava
O dentre trava
Vá vê pra crê
Não é pra você
Sou urso panda
Só ela manda
Beijo ardente
Doce e caliente
E não desanda.
A dona Vanda
Não oferece
E não carece
Onde ela anda
Ela desmanda
O cabra frouxo
Não tem o roxo
O infeliz
E por um triz
Não ficou mocho.
Broxa e coxo
É o zéferro
Eu te enterro
Deixo-te chocho
Cara de Mocho
E deslumbrado
Bem disfarçado
Finge ter fome
Mas nada come
É um viado.
Hi!coitado
O Zé descansou
Pariu chorou
Ta desgraçado
Ta empalado
Vai desistir
Correr sair
Desse combate
Como mascate
Vai já sumir.
Manezinho de Icó – Numa décima de versos curtos descendo o sarrafo no professor
Zé ferrim. Guenta ferro véi.
