Uma nova polêmica deve ser inaugurada nos próximos dias no Estado de Rondônia. Trata-se da campanha pela mobilização em prol do direito de adotar crianças por casais ou solteiros de opção homossexual.
O departamento de Psicologia da Universidade Federal de Rondônia é quem está buscando apoio da sociedade para eliminar a discriminação e aumentar com isso o número de adoções no Estado.
O primeiro manifesto de apoio foi feito na passeata do orgulho gay de Rondônia, que aconteceu no dia 29 de junho. Poucos envolvidos estiveram no manifesto. A professora Melissa Andréia e algumas alunas do curso de Psicologia estiveram na manifestação, que tinha como proposta maior eliminar tabus e preconceitos.
A sociedade brasileira está revendo conceitos e assimilando os direitos previstos na Constituição Cidadã de 1988, embora a passos curtos.
Como é de conhecimento geral, as adoções no Brasil são lentas inclusive para casais heterossexuais, tendo em vista que o processo envolve questões delicadas como padrão econômico, avaliação psicossocial, entre outras.
A sociedade brasileira, assim como a Justiça, são retratos dos caldos éticos e morais, e estes caldos complexos são quase imutáveis.
Apesar do avanço de algumas leis, os magistrados em sua grande maioria são de formação conservadora e não é comum que permitam que nem mesmo solteiros adotem crianças.
Claro, este posicionamento conservador, embora cheio de precauções contra possíveis abusos, acaba deixando milhares de crianças em instituições públicas de atendimento de menores, algumas com o padrão de qualidade das famigeradas Febens(Fundação de Bem Estar do Menor), legítimos centros de violação de direitos e escolas de contravenção.
A sociedade rondoniense, assim como a brasileira, vai questionar e ter que promover fóruns para organizar a discussão das adoções pelos homossexuais declarados.
O caldo vai engrossar com a opinião de igrejas, conselhos tutelares e magistrados. Alguns setores normalmente apresentam restrições, mas soluções nem sempre.
Seja como for, a discussão já está em aberto. O departamento de Psicologia da Unir segue uma tendência de outros do país, que buscam soluções para crianças e adultos carentes de afeto e capazes de compartilhar sua vida com seus semelhantes. Com a palavra os envolvidos.