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Discursos-->UM ESCRITOR FANTASMA NO POR QUILO -- 06/12/2003 - 14:56 (José Pedro Antunes) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Para Milene Arder, Torre da Guia e Domingos Oliveira Medeiros

Não, não é fácil ler um autor que a todo momento nos deixa, desculpem, com o cu na mão, ameaçando bater em retirada, se estrebuchando a olhos vistos, lançando mão de gauchismos improváveis e inovando com tantos novos usos e, por que não dizê-lo, abusos lingüísticos.

Sim, Clésio Boeira da Silva é dos que não têm previsão de alta. A Síndrome de Sílvio Caldas faz com que ele viva (se é que isso se chama viver?) num eterno vaivém, num entra-e-sai regado a milênicos fru-frus e saracoticos (a angústia da influência!). Não é preciso dizer que só os nossos olhos cansados sofrem mais que os dedos ágeis desse "ghost-hriter", cuja vaga lembrança (não, memória não seria mesmo o caso, como na piada do computador do Torre da Guia) se compraz em fazer a linha meu passado me redime .

E a gente com o fiofó na mão, como eu já dizia. Já o dele só pode abrigar um formigueiro daqueles! Cada vez que se despede (não dá tempo de tomar um dramin, ei-lo de volta, de roda batida), ou sempre que saracoteia feito pomba-gira a clamar pelo tacão do sr. Waldomiro, confesso, apelo para os florais de Bach, sugo do mel de alguns versos calmantes da sua ex-musa (aqui, sim, "meu passado me condena"!) ou ligo para o meu acupunturista para que me espete feito um bonequinho de voodoo.

No que se segue, eu me proponho a sacrificar o meu tempo ocioso deste sábado soposo, para que os ávidos milhões de leitores do Oiapoque ao Chuá-Chuá não tropecem nas pérolas que, no bueiro da usina, o nosso bardo lança aos poucos.

Por exemplo, um título como OS FILHOS DO ÓDIO chega a ofuscar de tão-tão-tão. Será que publicariam algo tão alarmante pra baixo de Santa Catarina? Depois, você lê o texto e conclui que o título tem vida própria, fala, ou melhor, grita, estertora por si mesmo, só lhe restando apelar para o conceito de alegoria em Walter Benjamin, deixando de procurar, em vão, por lexias no textos.

Mas aí o o leitor já está rolando de rir, com o bico cascado e já nem mais se dá conta de que perdeu o seu tempo. Com sua papagaiada insano, digo, insana, o nosso tipo preferido é um humorista malgrado si mesmo.

UM ATO FALHO:
"Depois descobri que meu talento (embora limitado) valia mais do que R$ 5.342,10 mensais. Hoje, a prática monstra que eu tinha razão."
[Puxa vida! Tenho certeza que a casa dos centavos nunca mais será a mesma. Um talento que dispensa viagra! Sim, a prática "monstra". É isso. Tudo tem seu preço.]

ESCRITOR FANTASMA NO POR QUILO
"Mas nunca escrevera um livro... Quando passei a atuar somente na imprensa e em meu escritoriozinho, em pouco tempo escrevi nove, como ghost hriter."
[Primeiro, onde atuava antes, hem? E que afrescalhamento é esse de "escrevera"? É mesmo "pique de ghost hriter". Como se diz em Barretos, e não sei se em Pelotas: It s chick in the last.]


O MUNDO DESDE O FIM
"Os dados para as três impressoras de última geração eram e são remetidos por satélite desde Porto Alegre. Os 260 mil assinantes recebem seu exemplar, todos os dias da semana, dentro dos menos horários da distrubuição na Grande Porto Alegre. São milhares de gaúchos e catarinenses: mais de 1 milhão de leitores."
[Ótimo, "dentro dos menos horários". Agora deu pra entender o processo de "distrubuição". Mas, são 260 mil, são milhares ou 1 milhão? Fiquei confúcio.]


EU, HEM!
"Não bebo água nas orelhas de ninguém."
[Então, tá!]


PRIVANDO COM O SR. WALDÔ
"A administração da Usina de Letras me conhece desde junho de 2002. Meus erros e acertos são do conhecimentos daquelas pessoas."
[A gentem também. Do nossos também.]


ACHISMOS E GAUCHISMOS
"Todos sabem que, durante todo tempo, não poucos tentam intrigar-me diante de todos. Ora por motivos ideológicos, ora eleitorais, ora por razões que a canela arranhada não confessa."
[Intrigar-me? Aliás, que história é essa de "canela arranhada não confessa", "beber água na orelha"? Sei lá, hem! Sossega, leão! Olha a cabeileira do Zezé!]


A ROCHA
"Inabalável prossigo com minha atuação no site."


TUDO MUNDO e/ou TODO MUNDO
"Deixei de pertencer a grupo. Tudo mundo viu e todo mundo vê o que acontece."


EM NOME DAS FUTURAS GERAÇÕES
"Nem a utilização correta das palavras é respeitada, embora a Usina de Letras mantenha convênio com escola para publicação de textos dos alunos!"


HAJA VISTA!
"A baixaria e a afrescalhação ocupa o Quadro de Avisos do primeiro ao último quadro!"
[Sim, o quadro é, digo, os quadros são gravíssimos!]


SERIAM VULGARES AS HIENAS?
"Quanto mais vulgares se mostram parece que mais contentes ficam(!?)... Mas contentes com o quê? Com a autodesmoralização?
[Não ficaria melhor "Quanto mais vulgares se monstram"?]


Pronto, leitor. Espero tê-lo auxiliado a atravessar esse cipoal filosófico-analítico, como diria Pennfield Espinhosa. Você vai ver, meu, daqui por diante já estará melhor preparado para beber água nessa orelha rutilante, tá ligado? E já não haverá nada que canela arranhada não confesse. Ui!

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