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Artigos-->AMIZADE E AMOR NA INTERNET -- 24/06/2001 - 17:53 (Gabriel de Sousa) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O fenómeno não é novo. Só os modos de comunicar é que foram evoluindo ao longo dos tempos. Quem, ao receber uma carta de alguém que não conhece, não se pôs a tentar imaginar como era o remetente ? Quem, ao falar ao telefone com alguém que não conhece, não se pôs a tentar adivinhar como era o interlocutor ? Quem ao ouvir um programa de rádio, não se pôs a tentar imaginar como era o locutor, o cantor ou o entrevistado ? Com o advento da televisão, já as coisas se modificaram um pouco ao nível dos media, porque a imagem está ali, nua e crua, rápida e directa.

Ao nível interpessoal, no entanto, embora possamos já não estar na era dos chamados casamentos por procuração (em que os noivos só se conheciam depois de casados), das «madrinhas de guerra» ( em que senhoras apoiavam moralmente militares que não conheciam), das «madrinhas de presos» ( em que senhoras faziam o mesmo em relação a detidos de delito comum) - até estas modalidades - a existirem ainda, seriam acompanhadas de tal modo de fotografias e vídeos, que o efeito de «imaginação» e «surpresa» seria grandemente atenuado.

No entanto o fenómeno subsiste. E ao nível do telefone é frequente muitas vezes andarmos em conversas telefónicas (até profissionais) com determinadas pessoas de quem «fazemos um retrato» que, na maioria das vezes, chegamos à conclusão não corresponder à realidade.

Actualmente claro, na era da Internet, os «chats» ( grupos de conversação) e os «mensageiros» (mais personalizados) vêm trazer à ribalta o mesmo esforço de imaginar quem está do outro lado, que tanto pode ser a escassos quilómetros como noutro longínquo Continente. Aqui com a particularidade de a conversa poder ser muito aberta, completamente desinibida, de poder constituir mesmo quase que uma «relação sexual», com um ecrã porém a separar os interlocutores. Em certos casos até, como escreveu há pouco tempo uma amiga minha brasileira, «... o orgasmo virtual é válido ... (mas) não se esqueça de, depois, voltar ao chão» .

Se por um lado, as mentiras podem proliferar, por outro, podem descobrir-se verdadeiras amizades e, neste caso, é curioso notar a importância que é dada às palavras, às exclamações, às reticências, aos «gestos», à oportunidade de certas observações, à sensibilidade ... Enfim, a tudo !

Um ok, um sim, um sim !!! , um está bem, segundo o contexto em que é dito, poderá ter vários significados e as pessoas habituam-se a conhecer as reacções dos interlocutores, a adivinhar quase o seu estado de espírito, se estão cansados, bem ou mal dispostos, se estão a mentir, etc., etc. . Subsiste um certo mistério : o não conhecimento directo. Muito do «adquirido» pode vir a não corresponder inteiramente à realidade.

Acredito, no entanto, que uma verdadeira amizade ou mesmo amor pode nascer através da Internet. De amizades já tenho provas. De amor conheço directamente um caso, entre um português e uma moldava, que chegou ao casamento.

Já nos vulgares «chats», principalmente os de índole sexual, acho que são apenas locais de passagem, de aventura, de desinibição por não se ser reconhecido, e pouco mais. Com a agravante, porém, de poder viciar de tal modo que pode fazer esquecer o lado real da vida, perverter e em certos casos levar a cometer mesmo actos pedófilos que, embora virtuais, não deixam a seu modo de o ser.

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