O Sr. Turatti, que julgo ser católico apostólico romano, questionou se as sessões de cura em igrejas evangélicas não se configuram prática ilegal da medicina. Respondo-lhe afirmando que em algumas igrejas autodenominadas evangélicas, como a Universal do Reino de Deus, de fato há uma prática suspeita de curandeirismo, não apenas em relação às doenças do corpo, como também a cura em relação às finanças, relacionamentos pessoais, etc. Como o centro do questionamento de Turatti com certeza se prende apenas à cura física, quero esclarecer aos leitores os seguintes pontos:
1. A afirmação de que há uma prática de cura “correndo solta” na igrejas evangélicas é genérica, infundada e fruto de ignorância do autor. Soubesse ele fazer distinção entre os diversos ramos do evangelicalismo brasileiro provavelmente teria o cuidado de não misturar alhos com bugalhos, nem pôr todas as farinhas no mesmo saco. As igrejas neo-pentecostais, com destaque para a já acima citada, são as que mais incorrem na prática de anunciarem sessões de cura, durante as quais prometem orar para que Deus retire do corpo dos presentes todas as doenças. Tais ocasiões previamente anunciadas para esse fim jamais ocorrem em igrejas como a Presbiteriana, Batista, Metodista, dentre outras. Portanto, faltou acuidade de juízo ao Sr. Turatti, que injustamente assacou a todas as igrejas evangélicas do Brasil a acusação de curandeirismo;
2. Jesus Cristo, dizem as Escrituras, é o mesmo hoje, como foi ontem e o será eternamente. E quando no mundo, Ele curou muitos enfermos, sendo acusado pelos seus inimigos de blasfemar contra Deus, arrogando para si um poder que só ao Pai é cabido. E a menos que o Sr. Turatti considere possível que Deus, por meio de Jesus Cristo, ainda hoje cure realmente uma pessoa somente em uma igreja católica ou mesmo independentemente do credo desta pessoa, ele também deve pensar que os milagres de Jesus não passaram de uma grande farsa, ou, como afimou, de prática ilegal da medicina.
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