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Contos-->BAR BOCA DE FORNO -- 09/11/2023 - 21:34 (Renato Souza Ferraz) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

BAR BOCA DE FORNO

Renato Ferraz

 

Antônio Boca de Forno e José Nunes eram compadres.

Eles faziam parte da população da pequena cidade

De Jandira, no Ceará.

Antônio possuía um bar e mercearia, no centro da cidade.

A sua família era muito pequena, tinha somente uma filha adolescente, com 19 anos.

Sua esposa era D. Ziralda, que fazia doces, bolos e outros salgadinhos e doces para eventos.

A distância entre a casa da família e o bar bodega era de 7km, aproximadamente.

Zé Nunes era aposentado e quase todos os dias passava no bar do compadre para conversarem um pouco.

Sempre era uma prosa saudável que os deixava satisfeitos, um com a presença do outro.

Zulêka todos os dias ia levar a marmita com a refeição do pai. Ela era uma moça muito bonita.

Diziam que era a mulher mais bonita da cidade. Seu corpo não tinha como não chamar a atenção,

ela era uma mulher completa, no dizer dos seus fãs.

Outro dia dois clientes tiveram um bate-boca discutindo sobre as pernas de Zulêka!

Próximo da hora do almoço era a hora que o bar estava mais cheio.

Aquele burburinho de bar, uns falando alto, outros sorrindo, etc.

Uns achavam que o bar estava assim porque essa hora é sagrada

para os cachaceiros que estão ali para fazer jus ao mandamento número um de quem bebe:

tomar uma na hora do almoço.   

Já outros mais ousados, teimavam que uma parte dos clientes que estava ali,

pela ordem era para admirarem o corpo de Zulêka. Quando ela ia se aproximando,

cumpria-se um ritual. A começar pelo silêncio, depois todos os olhares apontavam para a mesma direção,

Zulêka era o alvo! Ainda tinha o BOM DIA, que ela dava para quebrar o silêncio.

A resposta era em uníssono, parecia ensaio de coral ou os pelotões militares em treinamento,

BOMMMM DIIIIIIIIIIIA!

O pai, Boca de forno, não gostava desse momento solene, mas teve que se acostumar.

Logo que isso começou a acontecer e foi virando uma tradição, ele ficava aborrecido

e chegou a discutir várias vezes com alguns clientes.

Também ficou almoçando a própria comida do bar, mas logo desistiu.

Só tempero de D. Ziralda o deixava feliz!

José Augusto, o filho de Zé Nunes era mais velho que Zulêka, apenas 3 anos.

Ele estudava à noite e trabalhava de dia.

Os compadres moravam há 2 quadras um do outro e Zé Augusto sempre que ia estudar

ou trabalhar passava em frente a casa de Zulêka. Às vezes ela estava fora de casa,

se cumprimentavam, riam ou trocavam algumas palavras rapidamente.

O rapaz passava na frente da casa da moça porque achava melhor,

mas não era o único caminho, embora ele preferisse passar por ali e na maioria das vezes via Zulêka.

Quando ela não estava, ele sentia sua falta.  Depois perguntava rindo e dizia que sentiu sua falta...

Mas a moça ou não entendia aquelas insinuações, ou não correspondia, portanto, ignorava.

Mas nunca se sabe o que se passa na cabeça de uma mulher, ele vá e desista no meio do caminho sem saber e ouvir dela,

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