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Contos-->LILY -- 11/08/2001 - 05:22 (Clenio Cleto) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
LILY

Havia conhecido a Hilma em Ribeirão Preto, iniciamos uma paquera e, depois de uma semana, viajei para Londrina onde morava com o irmão e uma filha. Nessa cidade participamos de um baile. Entrei como namorado da mãe e saí como o da filha, Suely. No dia seguinte, domingo, a moça visitou-me no hotel e fizemos amor.
Relembro esse acontecimento e reconheço que tal relação não poderia de jeito nenhum dar certo, pois, eu tinha na época mais do dobro da idade da Suely. Com 17 anos e seu corpo pequeno e frágil parecia uma criança.
A partir de então viajava todas as semanas para Londrina, embarcava de São Paulo no ônibus das 23:30 horas e chegava ao meu destino as 6 horas da manhã. Voltava no domingo a noite, chegava na segunda-feira cedo e ia diretamente para meu escritório. Todas as semanas pôr mais de um ano! Eu estava terrivelmente apaixonado pela Suely e essas viagens não cansavam, ao contrário, eu esperava ansioso pelo fim de semana.
Quando desembarcava em Londrina lá estavam a Suely e a Hilma esperando-me com um carro alugado na véspera. Deixávamos a Hilma em sua casa e íamos à Cidade de També, há poucos quilômetros dali, para um motel muito bonito onde ficávamos saboreando os prazeres de um amor maluco, sem razão de ser, sem lógica, sem nexo, sem propósito e sem futuro. Sabíamos que toda aquela paixão duraria pouco tempo, mas, vivíamos intensamente o presente...
Almoçávamos com a Hilma, excelente do preparo de pratos inventados pôr ela, depois visitávamos outras cidades localizadas ao redor de Londrina; à noite saímos os três para dançar sempre em lugares diferentes na própria cidade ou nas vizinhas.
O que deixava-me constrangido era o agarramento e os beijos da Suely em público. Tinha ciência da diferença de nossas idades, dava a impressão de um pai namorando a filha, mas, suponho que ela comportava-se daquela maneira de propósito, com a intenção premeditada de chamar a atenção. E chamava... Principalmente pessoas idosas observavam, comentavam e riam. Ela não ligava a mínima, mas, eu sim, tanto que procurava evitar as inúmeras lanchonetes com mesas na calçada.
Em meados do ano de l970, numa das viagens para Londrina, sentou-se uma moça sentou-se ao meu lado, no ônibus. Ofereci-lhe trocar meu lugar junto à janela pelo dela, pôr cortesia. Ela aceitou, gostava de ser chamada de Lily, começamos a conversar, depois a cantar baixinho as músicas de Roberto Carlos, e, entre abraços e beijos, chegamos à Londrina como namorados. Contei-lhe durante o percurso que era casado, tinha duas filhas, tinha uma namorada naquela cidade (só omiti o fato de ser ela menor de idade) que estaria esperando-me na Rodoviária. Despedimo-nos dentro do ônibus combinando a volta no horário da meia-noite do domingo. Ela guardaria um lugar ao seu lado.
Na plataforma esperavam-me a Suely e a Hilma, como sempre faziam. Deixamos a Hilma em casa e fomos para o motel. Minha menina estava sensacional, quente, tesuda, alegre como nunca... Foi uma manhã memorável, digna de ser lembrada, tanto prazer nos proporcionou.
O sábado e o domingo foram, também, especiais. A Hilma preparou uma garinhada gostosa, regada com vinho, e, mesmo sendo de pouco comer, empanturrei-me. Jogamos baralho no domingo a noite esperando o horário do ônibus para São Paulo, a meia-noite.
Despedimo-nos com abraços, beijos, expressões carinhosas e juras de amor.
Entrei o ônibus e na semi-escuridão ví uma mãozinha, lá no fundo, abanando para mim. Era a Lily e, pôr incrível que possa parecer, só neste instante lembre-me dela e de que havíamos combinado voltarmos juntos e que ela guardaria o lugar para mim ao seu lado.
Recebeu-me com um sorriso simpático, apertando levemente os olhos e levantando as sobrancelhas como a pergutar alguma coisa. Sentei-me sem ao menos fitá-la no rosto, pois, lá de fora a Suely me observava. O ônibus locomoveu-se lentamente ao longo da plataforma, abanei a mão em despedida, sorrindo.
Imediatamente após o prédio da Rodoviária sair de nossa visão, abraçamo-nos, ou melhor dizendo, nos atracamos violentamente entre beijos frenéticos e ansiosos... Quando o ônibus ganhou a rodovia, ofegantes, ainda agarrados, começamos a conversar. A Lily com uma curiosidade mórbida queria saber de tudo o que eu tinha feito com a Suely! Comentou que ela parecia ser minha filha... Isso era botar mais “minhocas” na minha cabeça.
Passados os primeiros momentos de ansiedade começamos a nos descobrir mutuamente, com afagos pôr nossos corpos, sempre com beijos longos, quentes e molhados. Ela usava um vestido de cor beje, bem acinturado, e o decote deixava a mostra a parte superior dos seios rosados, bem moldados e sensuais.
Durante as seis horas de viagem, até a chegada à São Paulo, permaneci com aquele tesão enorme que chegava a causar dor nos testículos. Minha cueca e calça estavam molhados pelos pruridos do pênis, estava a ponto de ejacular a qualquer momento! Quando saímos do ônibus minhas pernas estavam bambas e sentia-me cansado... Parecia que havia corrido a São Silvestre, completamente exaurido, fraco e com sono. Dali eu iria direto para o escritório!
Despedimo-nos combinando que ela me telefonaria à tarde daquela segunda-feira, pôr volta das l6 horas.
Foi um dia de 50 horas, interminável, cada segundo parecia um minuto, estava “moido”...
Fazíamos administração de aluguéis de imóveis, locações e compra e venda de telefones. Tinha um sócio, Gabriel Brasiliense Alguim, a razão social da firma era CLETO & ALGUIM LTDA, e trabalhavam comigo seis corretores, uma secretária e dois boys. Com oito telefones instalados numa grande mesa de reunião trabalhávamos todos juntos sentados ao redor dessa mesa, os telefones tocando incessantemente, nossas vozes em tom alto, tudo isso envolto numa espessa nuvem de fumaça dos cigarros. Ainda não existiam essas maquininhas maravilhosas que são os computadores para “quebrar o nosso galho”, tudo era datilografado.
A Lily ligou-me as l6 horas em ponto, conversamos durante meia hora, e marcamos um encontro para quarta-feira. Eu a pegaria defronte à sua casa no baitrro de Indianópolis as 7 horas da noite.
Nunca chego atrasado a um compromisso em compensação sou vítima de pessoas de marcam apontamentos que ou chegam depois do horário combinado ou simplesmente não aparecem. Fiquei surpreendido ao verificar ao chegar que ela já estava no portão da casa esperando-me. Isso é uma coisa rara nas mulheres, a pontualidade!
De estatura mediana possuia um charme todo especial ao andar, movia-se com elegância e seus passos eram fortes e firmes. Estava de vestido preto, sapatos de salto alto e bolça vermelhos. Linda, muito linda...
Nessa época eu possuia um Citroen ID-19 “boca de sapo”, vermelho com capota preta. Ela não sabia nada do carro, mas, vestiu-se exatamente com as mesmas cores. Coincidência ou não eu adorei... Meu cansaço virou fumaça e antevi um futuro promissor com aquela “deusa” que se aproximava, segurando os cabelos loiros para protegê-los do vento.
Você é o Cleto? perguntou brincando, sorrindo, entrando no carro. Você não costuma abrir a porta do carro para as damas?
Costumo, mas, vi você tão bonita que fiquei meio bobo e esqueci-me desse detalhe. Vamos dançar?
Vamos, porém, preciso voltar antes da meia-noite, senão minha tia vai ficar preocupada. Tá bem?
Arranquei depressa rumo a Interlagos onde conhecia uma boate “super legal”.
A Praia de Interlagos, na Represa do Guarapiranga, era um dos lugares mais ermos de São Paulo e ao longo da Av.Atlântica alinhavam-se inúmeros restaurantes, bares e casas noturnas. A mais tradicional era a Boite Castelinho, de arquitetura estilo medieval no centro de um bosque. Uma alameda calçada de pedras rústicas levava até à grande porta de entrada iluminada por duas tochas ardendo e exalando um perfume de pinho queimado. As mesas obedecendo ao mesmo estilo eram troncos de madeira
envernizados e em lugar de cadeiras, bancos. Os lutres, grandes rodas de carroça com lâmpadas em forma de vela, propiciavam uma iluminação tênue. Ao longo das paredes dispunham-se, desordenadamente, armaduras, escudos, lanças e espadas.
O mascote do estabelecimento era o Duque, um grande cão galgo, cor de ferrugem com manchas pretas. Os funcionários, também, vestiam-se a carater.
Nesse ambiente o cardápio não poderia ser diferente: saboros pratos a base de carne de caça, tais como, antas, capivaras, veados e lebres. O vinho da casa, servido em jarras e canecas de cerâmica, era ótimo, espetacular...
Enquanto esperávamos para sermos servidos eu observava aquela mulher à minha frente. Moça, vinte e nove anos de idade, bonita, irradiando simpatia, entretanto, aparentando certa triteza. Havia me dito que enviuvara há 3 anos, que morou com os sogros em Londrina, até resolver vir para São Paulo, para a casa de uma tia, Dna Lourdes, onde ajudava com os trabalhos rotineiros até arrumar um emprego fixo. Fazia apenas um mês que se mudara para essa Capital do Inferno e, coitada, foi logo me econtrar. Era inocente, tímida, inexperiente, o que mais eu poderia querer? Esse é o prato favorito de qualquer homem...
Estremamente nervosa quase não conseguia segurar os talheres. Observava sorrateiramente outros casais que se agarravam pelos cantos do salão aos beijos e abraços ou se encoxavam na pequena pista de dança ao som da música executada pelo Caçulhinha, no órgão.
Após o jantar dançamos algumas vezes e bebemos duas jarras de vinho, as quais dissiparam, em parte, o seu nervosismo, minha ansiedade e idéias libidinosas como lâmpadas incandescentes dentro de minha cabeça.
Saimos para o ar fresco da noite e caminhamos para a beira da represa e sentados, observando os vagalumes e ouvindo o coaxar dos sapos, trocamos beijos e amassos que desfizeram por vez todos os constrangimentos anteriores. Estava louco de tesão, sentí que poderia possui-la ali mesmo sobre o capim, mas, tenho o defeito sério de não fazer sexo sem tomar um banho, gostar de cama limpa e temer ser interrompido no meio da coisa mais bonita e sublime na vida dos seres humanos.
- Não agueto mais... quero você... vamos para um hotel? perguntei balbuciando em seu ouvido.
Ela gemeu e apertou-me os ombros com as mãos... Entendi que aquele gesto era um SIM.
Agarrados e aos beijos fomos para o meu carro. De Interlagos até o Av.Vital Brasil, no Butantã, apesar da distância considierável, voei, pois, tive medo de que ela desistisse... Mas, minhas dúvidas eram infundadas, pois, quando chegamos defronte ao prédio do hotel foi ela que, praticamente, arrastou-me pela mão escadas acima, quem falou com o porteiro, quem pegou a chave do quarto. Seu rosto estava corado e as sobrancelhas cerradas como se estive sentindo alguma dor...
No quarto, sem mesmo acerdermos a luz, enroscamos nossos corpos com volúpia, cambaleamos até a cama, rolamos sobre ela... Como sempre, quando atinjo esse patamar de tesão, deixo de racionar claramente e, quase sempre, de nada lembro no dia seguinte. Só sei que tomamos uma duxa antes de nos jogarmos sobre a cama, molhados, com os corpos nus grudados e ardendo pela febre do tesão contido a tanto tempo. Minhas têmporas latejavam e não tinha voz, meu sangue fervia, as mãos tremiam ao deslizar sobre a pele lisa, meu peito arfava com a falta de ar. Beijei-lhe os seios, o ventre, a virilha, as coxas...
- O que está fazendo? ouvi uma voz baixinha e ofegante perguntando.
Nada respondi e continuei beijando a vulva, os grandes lábrios, sugando a carne e lambendo o clitóris.
Um grito contido, um retesar de todos os músculos do corpo, movimentos nervosos e pontapés para o ar...
A menina ficou doida! Gemia, ria, debatia-se furiosamente, mordia o travesseiro, atingiu o orgasmo pulando e gaguejando palavras incoerentes! Aos poucos foi sossegando, acalmando-se, relaxando, até ruir como um grande prédio atingido por um míssel... Esticou-se, dormiu e até roncou!
E eu?
Fiquei observando minha imagem no grande espelho da parede, sentado na cama feito um Buda, de pau duro, vermelho e nervoso, tando ao lado um belo corpo de mulher que dormia e roncava sob os efeitos do vinho e de um violento orgasmo. Acendi um cigarro e fiquei olhando a avenida pela janela, encostando o pênis contra a parede fria para tentar acalmá-lo. Surtiu efeito essa artimanha...
Voltei para a cama e, encoxando aquelas belas e torneadas nádegas, adormeci profundamente.
Acordei sentindo-a me encoxando a bunda e fazendo deslizar delicadamente as pontas das unhas pelas minhas costas. Estava tão gostoso que decidí fingir que ainda dormia... Mas, com essas cosquinhs e o roçar excitante de seu púbis, acordaram meus instintos sexuais, o pênis enrijeceu, o sangue esquentou...
Virei-me bem devagar e puxei aquele corpo quente e delicado procurando colar todas as nossas partes num abraço apertado, mas, carinhoso. Meus lábios, úmidos, deslizavam sobre a pele macia do seu pescoço e ombros, descendo para os sêios pequenos, duros, quentes, com a pequena auréola entumescida pelo desejo renovado. Desci beijando-lhe a barriga e as coxas, porém, lembrei-me dos momentos anteriores e decidí não arriscar e ficar novamente a ver návios! Sua vulva, escondida sob poucos cabelos castanhos, muito pequena para uma mulher adulta, era carnuda e parecia inchada comprimida entre as coxas grossas e a virílha.
Minha intensão era prolongar as preliminares até ao ponto mais alto de excitação e libido, porém, ao abrir suas pernas e ao primeiro roçar da glande na entrada da vigina percebi que ejacularia sem possuí-la...
Penetrei devagar, era muito apertada, e mesmo temendo machucá-la, forcei violentamente o pênis para o interior de seu corpo. Fiquei parado procurando retardar o orgasmo que chegava rapidamente com contrações nervosas por todo o corpo, fazendo o sangue ferver, as artérias pulsarem... Não aguentei...
Com gritos e gemidos gozei, sentindo prazer, dor e desespero, no ritmo alucinado do vai-e-vém das genitálias se encontrando e se batendo como em uma luta ferrenha. Seu ventre subia levantando-me, suas unhas arranhavam, mordia, suas palavras eram grunhidos de uma fêmea irracional e feroz...
Por muito tempo ficamos abraçados ainda na posição do coito, como querendo prolongar ao máximo as delícias do sexo.


cletotexto@hotmail.com





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