Por que teu corpo me leva ao desatino?
Por que me faz refém dessa maneira?
Por que me deixa a alma em desalinho?
Por que me excita assim dessa maneira?
Por que ao teu olor me perco em ânsias
Em espirais febris de encantamento
Que me toldam a vista das distâncias
Levando-me prá ti em um momento?
Não sei - meu Deus! - por que me desespero
Por que razão me perco em devaneios
Nem mesmo sei por que por ti espero
Só sei que quando te pressinto perto
E percebo o calor dos teus enleios
Em oásis transformam-se os desertos!