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Cartas-->A revolta do capitão -- 26/07/2005 - 11:21 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Dia D: A hora da verdade

O governo está declaradamente de má vontade com as Forças Armadas. É uma infâmia a maneira como nos têm tratado. Não dá mais para ser ético, mostrar pudor. Chegou o momento de fazer parar este acinte.

Expusemos demais as nossas esposas. Quem tem que tomar decisão para valer somos nós militares. E não só pelo reajuste salarial a que temos direito. Mas acima de tudo pela maneira sem-vergonha e humilhante com que o senhor Luiz Inácio Lula da Silva e seus prepostos da área econômica estão fazendo.

Será que estes senhores estão achando que somos a escória do país, pelo simples fato dos nossos comandantes serem cordatos e quererem preservar a imagem das Forças Armadas?

Entendemos a posição dos nossos comandantes. Mas chega! Se for para continuar a nos pisar desta maneira clara e debochada, que passemos a agir como os senhores estão acostumados.

Conclamo os companheiros a agir com seriedade daqui para frente. Entendo que já esperamos demais. Fomos pacientes além do limite! Serei o primeiro a dar o sinal de descontentamento; e nada me impedirá de sair em busca da reparação da dignidade da instituição militar. Sei dar esse passo. Não me importa que no início esteja só nessa trincheira. É fato pensado e decidido. Se não me dão outra escolha, eu farei a minha própria opção. Não há mais condições para viver como um cachorro sem dono, apedrejado por comandantes relapsos, escachado por ministro da Defesa sem força política e enganado por um pseudo Chefe Supremo das Forças Armadas. Este cidadão está mais para protetor de gangues organizadas, do que para líder de uma instituição militar séria e respeitável.

Não me faltará disposição para empunhar uma arma. Arma que teimam em colocar em minhas mãos!
O momento faz a hora. E a hora estes senhores estão determinando!

Aviso aos revanchistas de meia tigela: Não estejam tão certos de que estarão seguros daqui para frente. É hora de retribuir com a mesma infâmia, a covardia que estão nos tratando.
Deixo bem claro que não aceitarei parcelar os 23%. Estão nos cozinhando desde o ano passado. Nos paguem integralmente esta miséria de 23% e retroativa a janeiro, e a diferença de uma única vez.

Não venham com mais falsas justificativas de não haver dinheiro. Para outras categorias sempre há verbas.

Dinheiro está sobrando para antecipar parcelas de pagamentos ao FMI. Nunca houve escassez de dinheiro para comprar deputados para votar projetos de interesse do governo. Diversas categorias funcionais foram aquinhoadas com reajustes e aumentos, inclusive retroativos a partir de janeiro, diferença paga integralmente. Só não existe dinheiro para repor um reajuste que já ficou defasado, e não mais representa os amaldiçoados 23%. Não aceitaremos esta safadeza que estão querendo anunciar hoje, dia 18, segunda-feira, parcelando o que já foi parcelado o ano passado. Será uma afronta intolerável contra as Forças Armadas brasileiras. Somos ordeiros e disciplinados; mas não, vacas de presépio, como estão querendo nos transformar!

A reação virá. A sorte ou a desgraça está lançada! Cabe aos senhores Comandantes Militares evitar o pior. Se aceitarem mais uma vez esta empulhação, haverá represália. E não será bom para a imagem ordeira e disciplinada das Forças Armadas. Não temos mais nada a perder. Só a nossa dignidade. E ninguém mais irá nos humilhar e nos fazer de bobos perante a opinião pública nacional. Agüentem as conseqüências os senhores do governo e os senhores comandantes militares.
Se estamos no presente momento sem alguém que nos represente com seriedade, que o façamos com as próprias mãos. É desta forma que o senhor Luiz Inácio Lula da Silva está acostumado a atender as reivindicações. Sem pressão ele não age. Ele gosta de estardalhaço! Lidar com educação é dar sinal de fraqueza. E é o que ele está achando dos senhores Comandantes Militares! Um bando homens fracos e incompetentes!

A partir desta segunda-feira não seremos mais os bobos da corte! E não vai ser uma tropa de cães que irá nos deter. Para cada um de nós que tombar no caminho, dez se levantarão!

Reuniões, ameaças, não irão nos intimidar.

Perguntem aos seus patrões, os senhores que os estão fazendo comer nas mãos, o que eles fizeram no passado. Faremos com mais propriedade, podem estar certos!

Os cadáveres que os senhores julgam sepultados; estão insepultos!

Os mortos logo se levantarão para infernizá-los!

José Geraldo Pimentel
Capitão do Exército Brasileiro.

***

Comentário:

Félix Maier
Brasília

Caros amigos,

É muito grave tudo o que o capitão Pimentel disse no texto acima. E mais grave ainda é que ele está coberto de razão em tudo o que diz. Está na hora de todos nós, militares, tomarmos uma atitude frente à dupla de palhaços Lulla/Pallocci, que há quase um ano tem humilhado a classe militar, negando um aumento de salário que havia sido prometido no ano passado. De nada adiantou, até agora, o sacrifício de nossas "flores de cactus", as destemidas mulheres guerreiras, esposas de militares, que durante meses fincaram suas barracas em frente ao Congresso Nacional, enfrentando chuva, poeira, frio, polícia. Como resultado desse sacrifício, até hoje apenas ouviram a cínica negativa de Lulla de recebê-las em seu palacete, embora o Sapo Barbudo se mostre pronto a atender os criminosos do messetê, vestindo bonés com sorriso aberto, todas as vezes que vêm a Brasília para arranjar mais dinheiro em seu projeto criminosos de criar sovietes em todo o território nacional. Temos que ir às ruas, especialmente no Dia do Soldado e no 7 de Setembro, para demonstrarmos todo nosso repúdio à zombaria destes dois palhaços, que riem descaradamente da penúria por que passam nossas Forças Armadas.

***

"Caro Maier. É tempo de serenidade. Vivemos um momento muito delicado da história brasileira. Creio que devamos analisar a posição do governo sob vários aspectos. Um deles é um objetivo um tanto quanto obscuro(?) de tomada de poder. Veja bem: Ele promove uma desagregação social em várias frentes: racial - a questão das quotas, discriminando negros(?) e brancos(?) em concursos públicos como vestibular; social - privilegiando criminosos, pela ação da secretaria de direitos humanos, em detrimento da classe ordeira; religiosa - pela série de eventos contrários aos dogmas católicos, promovidos pelas lideranças evangélicas que têm assento nas câmaras legislativas do país (a isso incluo uma ação popular promovida pela "Universal" contrária à realização do Círio de Nazaré, em Belém-PA); o desprezo com que trata o funcionalismo público; a questão salarial militar atual, em que se mostra patente o propósito governamental de incitar a indisciplina dentro dos quartéis, imputando aos chefes a responsabilidade pela atual crise financeira em que vive a família militar, recusando-se, peremptoriamente, a conceder qualquer índice de reajuste salarial à classe. (Nossos chefes bem que merecem - são frouxos.) Enquanto isso, cede a pressões de outras entidades, concedendo-lhes benefícios duvidosos. Você que acompanha o dia-a-dia do país melhor que eu, certamente abrirá seu leque com muitas outras atividades governamentais perigosas, como é o caso dos movimentos dos sem-terra. Eles ocupam, de forma coordenada e precisa, qualquer parte do país em qualquer momento. Falta-lhes apenas armamento. Os arsenais começaram a aparecer. Ninguém vinculou a eles o achado. É realmente tempo de serenidade."

(E-mail recebido de meu amigo Édio Leônidas Dantas - terça-feira, 26 de julho de 2005 16:26:51)

***

Caro Édio,

Parabéns pelas colocações feitas, argutas e precisas. Só não concordo que "é tempo de serenidade", pois só se vê apreensão e revolta. O que fazer? Eis a questão. Quanto à questão religiosa, pode-se acrescentar as ações já ajuizadas para retirar do calendário nacional o feriado de 12 de outubro, Dia da Padroeira, pelos mesmos motivos citados por você no caso do Círio de Nazaré. Vale tudo neste País para massacrar a Igreja Católica. Ano passado, quando um talibã da Igreja Universal despedaçou uma estátua de Na. Sra. na Catedral Rainha da Paz, o que foi que aconteceu? Nada. Mal apareceu na imprensa local. Imagine se algum católico tivesse quebrado uma estátua de preto velho, o bafafá que iria provocar. A respeito do assunto, estou rascunhando um trabalho que se chamará "Evangélicos: futuros talibãs?", em que denunciarei a discriminação que evangélicos estão promovendo contra os católicos, sem que haja uma reação à altura da mídia.

Abraços,

Maier









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