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Infantil-->Festa de Confraternização na Mata -- 16/06/2004 - 10:31 ( Alberto Amoêdo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Na semana que antecedia a festa, a organização da confraria na intenção de serem mais democráticos(práticos) passaram a sacolinha na mata.Muitos foram os que contribuíram, porém alguns, como o pessoal do sítio, injuriados, com comentários apimentados da última festa, pela sr. Dona Matinta, presidente da comissão, que fala demais, quando não precisa.Resolveram usar outra maneira democrática como opção, e não contribuíram, tão pouco, como disse D. Benta ao Sanhaço: - A gente do sítio sempre contribui, mas, a saber, o Pedrinho e Narizinho, quando vão, nada comem, por terem antes comido os doces da Anastácia. E a nossa contribuição era só para ajudar, por que temos consideração com todo o pessoal, mas como a cúpula não quer, então não vamos participar. E sem dizer uma palavra, o Sanhaço se foi.
Aquela noite foi marcada pela lua, que surgia de trás da floresta a iluminar o grande rio amazonas, deixando em sinfonia receptiva a flor da vitória – régia que se abria, como a açucena a perfumar o ar.Os lírios dádivas divinas davam a sua contribuição; vaga-lumes no cio da escuridão referendavam com as estrelas a bela iluminação do local.
De repente um riso fácil rompeu a pompa do silêncio: - Ah, Ah, Ah, Ah...
Era dona Matinta degustando o riso, ao encontrar a sua amiga Cuca.
- Venha! Venha!...Entre, venha brindar essa noite mágica, você é uma das minhas celebridades!terminava a D. Matinta, que guiava a Cuca a sua mesa.
Enquanto ao redor do palco, feito em bambu, as margens do imenso rio amazônico, sapos ilustres, Urubus, com os seus fraques pretos, Sururinas e Jabotis ensaiavam a música que iriam ser apresentadas no conserto dirigido pelo Sabiá e o Uirapurú.
De quando em quando, chegava alguém da alta cúpula na cadeia mitológica da mata...O Sr. Boto, O Sr. Saci, Sr. Curupira, Boi-tá-ta, Visagem, Mula-sem-cabeça, dentre outros, que por ali desde cedo, à vontade, já transitavam.
Tudo iluminado, todos devidamente preparados para a celebração, quando uns fogos encantaram a manifestação e uma fogueira de são João irrompeu-se o frio da mata.Em seguida a música como o ponto culminante reunia os amigos e parentes distantes para dançarem.
De súbito, que surge na festa Emília, a desavisada, porque estava passeando, com o Visconde de Sabugosa no reino das águas claras.Como nunca perderá uma festa, foi mesmo contra a teima de Visconde, que cansado preferiu ir para o sítio.
Pra lá de espalhafatosa, a boneca, como sempre, trás para si os olhos arregalados de todos os convidados, que sem saber do ocorrido receberam-na como de costume.Isso enquanto a D. Matinta havia sido chamada para o camarim, a fim de apresentar o seu assovio no encerramento das peças.
Seguindo a programação, foram apresentados sucessivos dramas, poesias, sátiras e até operetas, encenadas por D. Matintas e a Cuca, dando início à semana cultural da roça na mata. E pra encerrar o festival, lá pela meia noite, foram todos convidados à mesa, que estava repleta de guloseimas e frutas de toda espécie.
Emília só para tirar a teima com o Saci, de um bolinho de fubá, quanto à qualidade, em relação ao da tia Anastácia, foi experimentar.
Lá do palco observou D. Matinta, que sem pedir licença a Cuca, a Mula e a Visagem, que lhes parabenizavam, pela grande apresentação vôo em direção aos dois e armou o maior fuzuê.
-Emília largue essa fatia de bolo! Vocês lá no sítio são assim.Não contribuem em nada e ainda querem comer.
A pobre Emília, mais que depressa largou o bolo e atônita seguiu para o sítio.Todos ao redor se sentiram ridicularizados com a aquela atitude da Matinta.
O comentário e o vexame foram gerais. Não se falava noutra coisa na mata.A atitude da D Matinta foi medíocre demais, tanto que a comissão resolveu depô-la do cargo.
Dizia o Sr. Boto ao a cúpula: - Definitivamente não dá para a D. Matinta viver entre nós.Ela ainda não se civilizou!È uma recordista em escândalos.
Quando tudo se aquietou, D. Benta fez uma festa de São João, um arraial como outro não vimos iguais...bandeirinhas, balões, fogueiras, adivinhações, vatapá, caruru, pés-de-moleque, paçoca, pipoca, muito mingau de milho e bolos de fubá.E convidou todos da mata, inclusive a D. Matinta, mas ela, por sua vez, ainda envergonhada não foi.
Dizem que a festa foi tão bonita, que elegeram ali a D. Benta como a nova organizadora.E com não poderia deixar passar, a tia Anastásia como a melhor cozinheira.

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