Pobrezinha, chorou.
Não quis saber que o nada era que a oprimia.
Fugiu, voou.
Agora vive, solitária e triste, na mansão do escuro,
sempre procurando a beleza intangível de Deus,
que deve estar para além.
Não pode encontrar.
Ninguém pode encontrar.
E, por isso, ri tristemente de si mesma,
na sua consciência inconsciente.
Amanhã...
— quem sabe? —
talvez não sofra mais,
talvez não mais procure.
22.10.57.
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