Não penaste até o dia de hoje
em vão.
Esta é a Glória,
tua redenção.
A paga pela luta de uma vida,
a batata.
Venceste. Eis agora teu troféu
de lata.
No acerto de contas, tua alma gerou
formidável lucro.
Valeu passares dias relinchando,
cavalo chucro.
Eis agora tua alfafa,
infeliz.
Irias salvar
o país.
Com teu conhecimento espalhado
por ramos diversos.
Aqui estão teus louros
– nestes versos.
Aqui está tua coroa,
pária.
Eis teu corpo carregado em festa, pela turba
ignara.
À tua cabeça exibida na bandeja,
adeus.
Descansa em paz, filho bastardo
de Proteus.
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