Escrever é uma dádiva. Não fui beneficiado com esses dotes naturais,
dos quais apenas são portadores àquelas pessoas, para as quais a abrangência,
é ilimitada. As opiniões a respeito são divergentes, embora estudo
sistematizado, concernente à ciência, estudando fenômenos psíquicos,
revele uma diafaneidade duvidosa com relação à atividade cerebral
de algumas pessoas, ante suas ações monitorizadas. Felizmente fui
beneficiado pela natureza, que, me dotou de bons olhos castanhos
e penetrantes a ponto de vislumbrar o Luar do sertão no firmamento e,
sem ficção, sorver o “Bellosguardo” à temperatura de 10 graus,
na adega subterrânea do Citolit, a poucos passos da Casa Rosada, onde,
sob os vapores aromatizados do vinho, procuro transmitir as minhas
ansiedades. Fica bem claro, que as minhas afirmativas presentes,
não têm alusões a nenhum escritor. Apenas são produtos de uma mente
apaixonada, e que na solidão de uma adega, já sob o efeito do
ar rarefeito, sente a necessidade da expressão.
B.Aires, 01/06/2003 Obs. O teclado deste micro, desta adega, desliza
sob o efeito do álcool.
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