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Poesias-->UM ENCONTRO ESPECIAL -- 19/09/2001 - 14:53 (J. B. Xavier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
UM ENCONTRO ESPECIAL

J.B.Xavier



Segui pela vida

Tentando ganhar tempo ao tempo,

Numa corrida alucinada

Em direção ao nada.

E por seguir nesse rally,

Tentando encontrar atalhos,

Tentando saltar etapas,

Esqueci

Que são os momentos que contam.

O agora é o tijolo

Com o qual construímos o depois,

E os dois

Serão para sempre lembrados,

Porque um dia

Farão parte do passado.

Ao tentar ser em tudo o primeiro,

Passei sem ver,

Em alta velocidade,

Pelos pequenos detalhes

Que enfeitavam minha vida,

Sem que eu sequer os percebesse.

Assim, não vi

As pequeninas flores

Que adornavam meus caminhos,

Nem os sorrisos

Que me convidavam ao amor...

Nessa jornada,

Por mim tornada árdua,

Brinquei com sentimentos,

E dei

Demasiada atenção aos aplausos,

Ás metas

E aos sonhos que,

Pensava eu,

Só a mim pertenciam.

Não dividi,

Não concedi.

Me escondi

Dentro de mim mesmo.

Troquei poucas idéias,

Pedi poucas opiniões,

Certo

De que eram as minhas

Que contavam...

E fui sonhando

Com a objetividade de um d. Quixote,

Cantando ao vento

Minhas canções,

Até não mais ter certeza

Do que queria ou sentia.

Assim,

Me esqueci de viver.

Versos cantei

A amores que não amei.

Não aprendi a dizer não sei ,

E me encontrei um dia,

Sem o amor tanto buscado.

Aos que me queriam

Dediquei pouco tempo,

Por não o ter de sobra

Nem para mim,

E assim,

Lentamente,

Fui perdendo

O melhor que eu tinha,

Como perdi,

Nesse rally,

As belas paisagens

Que passaram

Pela janela do meu bólido.

Com mentiras alvissareiras

Ocultei minhas verdades desinteressantes,

E, a cada instante,

Mais eu me perdia

Nas trilhas

Dessa corrida sem sentido,

Cujo ponto de chegada

Nunca me foi dado ver.

Desejei muito

Sem nada oferecer,

Porque nunca pensei em trocar,

Apenas em obter...

E quanto mais o tempo passava,

Mais eu me apegava

A coisas sem importância,

Aos risos soltos.

Em noites mal dormidas

Tentei roubar tempo

Ao próprio tempo,

Sem saber, que,

Ao final,

Era eu quem perdia...

Muito tentei sem persistir,

Muitas boas intenções tive,

E muito fracassei

Nessas vontades sem vigor.

O amor,

Pensava eu,

Estava no fim da corrida,

Onde deveria haver uma vida

Para seguir paralela à minha...

Mas,

Para descobrir cada dia algo novo,

Eu já não via os estragos da viagem.

E foi somente quando, um dia,

Num lugar qualquer,

A realidade veio me visitar,

É que resolvi abandonar

O meu rally.

Então vi

Que ainda há

Quem procure por mim

Na imensidão

Do deserto escaldante

Onde desembarquei de minhas aventuras.

Ainda há

Quem me espere.

É ao encontro deles que eu vou,

Lá,

Onde existe

Outro tipo de calor.

É hora de aprender a dar amor...



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