Caminhadas constantes
Em busca de pesos ideais
Pruma vida ideal
que acaba naquelas macas
frias dos alojamentos frios
dos restos físicos frustrados.
Sangue na tinta do quadro anônimo.
Eu sei que eu tô sono,
que pedir silêncio é inútil,
que as palavras vem na hora certa,
que eu não quero ficar assim, cansado,
olhos doendo, a barriga roncando com
fome de arroz e feijão.
Tentar entender,
saber coisas ultrapassáveis daqui à uma hora.
Comandos, chantagens, conselhos.
Tudo com C de CU!
Vergonha mundial: Fezes, merda, ânus.
Lógico. Ser racional pra pensar igual,
iguais, normais, felizes.
Tristezas curáveis por anti-depressivos
estudados por especialistas na sua própria vida?
Não, só tô cansado.
Só quero deixar tudo indo assim,
sem pensar em pensar.
Eu sei, eu sou um bunda-mole.
Tenho medos e preguiça.
Queria saber porque as linhas acabam sempre na melhor parte? |