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Cartas-->livrarias 2 -- 07/05/2005 - 17:57 (Marcelino Rodriguez) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
UM ÉPICO DO CAJU AO RECREIO

acena não me sai da memória, como se eu tivesse participando de um filme épico, percorrendo lugares ermos, buscando um sinal que
lembrasse-me a civilização.
Era como se eu tivesse nos países mais pobres da
Africa ou da Asia. Mais estava no Brasil,
numa viagem de ônibus que vai do Caju
ao Recreio dos bandeirantes,
via Avenida Brasil.
O trajeto abunda em outtdoors, indústrias,
comércios variados, favelas, muita pobreza no ar,
o que já deprime.
Mais um fato que chamou-me a atenção sobremaneira é que
até se chegar ao Barra Shopping, em mais de hora
de viagem, olhando pela janela do ônibus,
tentando entender aquelas paisagens amorfas,
não se avista uma livraria sequer.
Fiquei pensando na violência, nas relaçãoes genéricas
de um país continental que não cultua
livros como gênero de primeira necessidade.
Como se relaciona a população sem leitura?
Como pensar um povo sem cultura?
Que futuro pode haver?
Descobri a pólvora nesse dia:
falta cultura de livros no Brasil.
Ou seja, o livro precisa ser descoberto.
A população simplesmente não sabe que através
do conhecimento livresco
poderia sanar parte de seus
problemas. Não se relaciona livro com poder,
curioso... Assim que a troca de informação
passou a ser meramente decorativa,
com "bacharéis" sem literatura,
daí a péssima qualidade do funcionalismo
e das trocas sociais em geral,
incluindo um comércio cego e imediatista, as
religiões pitorescas, o desemprego grotesco, os desperdícios
e a vida vazia do "faz de conta do vídeo ,
com indivíduos abaixo da crítica, doentes.
Monteiro lobato , descobridor do petróleo no pais,
dizia que um pais se faz com Homens e livros.
Eu diria que o homens se fazem com livros
ou valores, pois são essas qualidades que
alçam a humanidade acima do reino animal.
Mais livros e se teria mais disciplina,
menos violência, se gastaria menos em drogas e jogos,
diminuiria a gravidez proplixa de pobres e adolescentes.
Livro ensinaria a lei da consequência
e a descoberta do outro.
O livro é uma ponte entre o humano e o divino.
Ou será que se pode pensar a humanidade
sem livros? Eu diria até que certos homens
são dispensáveis; livros, não.
Aqui está a pólvora do mal brasileiro:
pensa-se ser possível chegar a algum lugar
sem informação.
Onde fica esse lugar mesmo?
Aliás, o que é lugar?
Quem quiser descobrir um país,
tem que começar pelos livros.

04/05/2005

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