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Artigos-->AS PESSOAS, NÃO AS COISAS, SÃO OS AGENTES DE TRANSFORMAÇÃO. -- 15/06/2001 - 01:40 (J. B. Xavier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
AS PESSOAS, NÃO AS COISAS SÃO OS AGENTES DE TRANSFORMAÇÃO

Por J.B.Xavier



Está em curso atualmente, uma evolução gradual, natural do conceito de humanidade. A maioria de nós ou está empenhada em promover essa evolução, ou em combatê-la, porque sentimos sérias dificuldades em acompanhar o ritmo dos acontecimentos. O “timming” está mudando.

Algum de nós - a minoria - andam mais rápido que o Tempo, mas a grande maioria foi ultrapassada por ele. Enquanto passa, o Tempo vai fazendo novas exigências, definindo novos perfis e criando novos parâmetros. Quase todos nós, no entanto, parece ter embarcado numa cápsula do tempo, e, assim encapsulados, permanecemos imutáveis, como lembranças vivas de um tempo que passou. Em períodos anteriores, aprendemos que para sermos competentes tínhamos que fazer, hoje o reconhecimento da competência está no pensar.

Muito mais do que o fazer, o pensar significa a compreensão dos processos intestinos da mente, significa a necessidade de compreender como funciona toda a máquina, todo o sistema, para se ter a exata idéia de nosso papel dentro dele. Parece pouco e parece óbvio, mas é muito, se considerarmos que há não muito tempo, e em larga escala ainda hoje, vivemos e sentimos particularizadamente. Habitamos, não cohabitamos. Despendemos energia, não sinergia. Agimos sem muitos e bons motivos para a ação. Em outras palavras, são poucas as coisas que nos motivam à ação.

Há não muito tempo era aceito por todos que informação era sinônimo de poder. Quem detinha informação detinha poder. Hoje se constata que a internacionalização e democratização da informação e do conhecimento são talvez um dos mais significativos fenômenos da segunda metade do século XX. A capacidade de transmitir conhecimentos e não só de os reter, aliada à capacidade de se relacionar bem, é a nova medida para aferir competência.

Antes era reconhecidamente competente quem trazia soluções para o problema, hoje só se torna competente quem consegue fazer parte do problema para sentir a solução.

Antes, mudanças significavam ameaças. Hoje, só encontra lugar no mundo quem vê nas mudanças novas oportunidades. Mais: quem transforma as próprias ameaças em oportunidades ou ocasiões para mudanças.

Antes, considerávamos um “plus” conhecer outro idioma. Hoje ninguém mais está interessado em saber se temos ou não facilidade em aprendê-los. Temos que saber se quisermos nos manter competentes.

Antes, a valorização pessoal era atrelada ao saber fazer. Visualizava-se o grupo como apoio, mero suporte às habilidades do líder. Hoje se visualiza o líder como facilitador de processos que utilizam as habilidades de cada um dos componentes do grupo.

Antes, a formação acadêmica de terceiro grau era fator de diferenciação, hoje é ponto de partida. Diferenciação hoje é quarto ou quinto grau.

Antes, aceitava-se a idéia de que especialistas e generalistas eram coisa distintas; que enquanto o primeiro sabia cada vez mais sobre cada vez menos, o segundo, ao contrário, sabia cada vez menos sobre cada vez mais. Hoje a tendência é a fusão desses dois conceitos, ou seja, devemos saber cada vez mais sobre cada vez mais! O degrade de conhecimentos que resultará desse novo conceito, estabelecerá uma escala em cujas regiões superiores estarão os que deverão liderar o mundo.

É fácil perceber que o centro de gravidade deslocou-se de uma visão centrada nas coisas para uma visão centrada nas pessoas, de atenção às ações para atenção aos processos, mas embora o mundo continue em evolução, e, portanto, a cada novo dia estejamos novamente defasados em relação ao dia anterior, muitos de nós não conseguem se tornar multifuncionais - condição indispensável para acompanhar o ritmo das mudanças - e ficam à margem delas, tornando-se vítimas dessa mutação.

Esses novos paradigmas tornaram obsoleta a velha maneira de pensar e estão estabelecendo um novo perfil de comportamento dentro do qual precisamos reaprender a sermos úteis para nós mesmos. A zona de aprendizado mudou, portanto, de lugar. Pessoas passaram a ser o sólido em torno do qual o mundo hoje gravita.

Ao compreender que são as pessoas, não as coisas, os agentes de transformação, o eixo de ação passou a se centrar no elemento humano. As vanguardas já descobriram que as vantagens desse novo software: as pessoas e suas habilidades.

Emprego, como o conhecemos, vai desaparecer. O conceito que deverá continuar cada vez mais em evidência é criatividade e trabalho. Em uma palavra, teremos que nos tornar úteis “por tarefa”, “empregáveis”, a bem dizer. Melhores indivíduos administram melhor e geram melhores resultados. Melhores pessoas constroem melhores famílias e organizações. Este é o contexto dentro do qual o homem do futuro conviverá.

Pode-se discutir as mudanças, pode-se tentar suavizá-las, só não se pode escapar delas.



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