Queria entender porque não fico
assim, bem, como todo mundo fica bem
juustamente pelo fato de estar bem.
Ser bom pra quê?
Queria entender certos desenhos,
certos olhares...
Manifestações inconscientes.
Ser presente na vida,
estar presente entre todos,
cumprir formulários do atendente
que te coloca na porta
da sala gigante dos
seis bilhões de gigantes formigas.
Poderia eu me preocupar com os objetos
florescentes que conversam enigmas
despreocupados com a fé dos que
estudam restringindo.
Querendo salvar a pele e o estômago
do fogo da velha estrela que nem
ganha aposentadoria fudida.
E os pisos empoeirados, com gatos
famintos, mas não por rações desnutridas.
E só de pensar que tenho aqui pertinho,
tranquilizando minha mente
que complica tudo.
E que se descomplica na hora de falar
amor, de amor pra você
Eu me esqueço de tudo com vontade.
E quando te beijo, fico certo de que,
naquele momento, estão todos os
discos florescentes conhecendo
o universo que os idiotas restringem
a palavra CÉU. |