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Cronicas-->2009 - Filmes, sinopses e... -- 25/06/2009 - 11:16 (Jairo de A. Costa Jr.) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Ganhei um livro da Lígia - Mil Filmes... Gostei muito e folheando-o, beliscando umas coisinhas, li umas sinopses, que deveriam ser colocadas em ordem alfabética e nesse livro estavam colocadas ano a ano, ou seja, em desordem. Não importa, tenho mil fontes. Como queria ter ganhado este livro há uns trinta anos, quando comecei a ver filmes na televisão e o recurso que eu tinha para saber deles era aquilo que vinha nos jornais. Gosto de assistir, sabendo já alguma coisa, de preferência até o final. Na época, comprei um livro do Rubens Ewald, que foi meu guia por muito tempo, depois com as locadoras, apareceram outros e aí foi uma festa, tinha um estoque de informações.
Paralelo, também gosto e gostava mais dos acompanhamentos. Um dia, saí do namoro, peguei o ónibus lá pelas onze, desci ali no Palmeiras, entrei na lanchonete e pedi dois xisburguer. Paguei e subi à república em que morava, sozinho liguei a televisão, estava começando o "Amargo Pesadelo", que beleza de filme e delícia de sanduíches, fiquei querendo mais. Amargo pesadelo na tela e depois, quando fui dormir. Esse filme é aquele dos personagens descendo umas corredeiras e tocando banjo e se ferrando no final, umas coisas meio trágicas. E eu sem nada para saber do filme. Por aí, comecei essa coisa de sinopses e acompanhamentos.
Hoje em dia, com o Google, é tudo mais fácil, nos intervalos corro lá e vejo tudo, história, atores, atrizes, diretores, fofocas, etc e tudo o mais, aproveito e bebo um agádoisó. Beliscar tenho evitado. Com dó, até o livro ganho fica de lado. Devo voltar ao mais antes, em sessenta e seis ou sete, quando eu ficava sentado depois da janta, nas noites de domingo, ouvindo a Grande Resenha Esportiva da Rádio Tupi, mais de três horas de audição e esportes do mundo todo, principalmente o campeonato paulista, todas as divisões. O que acompanhava - mingaus, de maizena ou de aveia. Não tinha televisão. Filmes só no cinema do Roque Mariano, com muita bala Chita e, ás vezes, um chocolate Prestígio
Foram tantos filmes e tantas sinopses, que até esqueci a maioria e só lembro quando estimulado. Quanto aos acompanhamentos, primeiro direi dos gelados. Quanto sorvete. De todos os tipos, todos os filmes e todos os sorvetes, picolés e até caseiros, cansei de congelar danones, guaranás, leite com doce de abóbora e outros, Kibon, Yopa, não escapou uma marca sequer. Depois da meia noite, filmes diversos, texto já lido, jornal à mão, aqueles livrinhos já falados, começava pelos picolés, um mais um e um monte, depois um copo de sorvete e aí, nem sei dos filmes, mas, entre johnwaynes, bogarts e bergmans eu me gelava por inteiro. Cheguei a derrubar mais de um pote, daqueles de dois litros. Dia seguinte, sem perguntas.
Tem as frutas. Laranjas, de preferência baiana, mexericas ponkan e aquela vergamota, mangas então, nem se fala. Era assim, a bacia no chão, a facona bem afiada, mais de meia dúzia delas, um pano, muita vontade e paciência. A televisão ligada e Marilyn mais Jane, ou Kim mais Kirk, James, Audrey, mais antigos, melhor ainda. O filme correndo e eu descascando, fazendo gomos, pedaços, limpando os bagacinhos, que bom, nunca eram amargas, sempre doces, como doces eram as histórias. De amor ou de vida. Com essas frutas, nunca me senti mal. Nem com os filmes, só quando eu não tinha as sinopses, ai que saco, vê-los sem sabê-los.
Sempre tem entretanto, se não tive problemas com as cítricas, tive com outras. Uma vez, comi um abacaxi inteirinho, até meio doce, muito ácido, queimei toda a minha boca. O filme devia ser igual. Fui ao Doutor Flávio, meu dentista na época, ele olhou bem e perguntou - que foi isso? Foi... Primeiro não faça mais isso, se fizer coloque uma pitada de sal, pois sal mais ácido dá base, que é neutra. Além de obturações, saí com aula de química. Nem base, nem nada. Abacaxi, nunca mais, um pedaço ou outro e só. Filmes, sem jeito, sempre tem abacaxi, com sinopse, você até evita.
Teve outra fruta, essa indigesta e foi na cama, vendo filme deitado, alta madrugada. Ai que vontade beliscar, levantei, abri a geladeira - um melão lindão, peguei, preparei e fui comendo, comi tudo. Travou, filme acabou, a TV saiu do ar, que sofrimento. Aquele Alien, um e dois, dentro de mim e nada de sair, foi virando uma guerra, uma far-west, mais um farvéste mesmo da minha infància, um terror, chamei o exorcista e nada. Esse melão virou um vampiro de almas, foi uma guerra dos mundos neste cidadão aqui, que nem Kane é.
Finalizando, preciso contar dos chocolates e ovos de páscoa, nhá bentas, prestígio, sonhos de valsas entre outros doces, bombas de creme, pedaços de bolos, doce de leite, de cóco, de abóbora, enfim, uma série e diferentes como são os filmes. Perceberam, tantos filmes, tantas sinopses e tantos acompanhamentos. Esquisitice, acho que não. Só o levar da vida. Filmes e sinopses continuam, ainda mais com tevê a cabo e internet, menos os acompanhamentos. The End.
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