Eu no cordel to sozinho
Não me importo e nem ligo
Escrevo só o que quero
Por aqui não tenho amigo
A conversa é pros cobras
Fazendo as grandes abras
No meu caminho eu sigo.
Parei de escrever erótico
Em nome dessa tradição
Não sei se fiz bom negócio
Atendendo a um irmão
Pra preservar a família
Eu vou ficar por Brasília
Fazendo minha inspeção.
Já vi que é panelinha
O grupo já ta fechado
O cara que chega novo
Tem que esperar calado
Já que fecharam o grupo
Em outro site me ocupo
Pra não ficar irritado.
Tem meia dúzia de poetas
Que não olha pro novato
Tem que ser cabra da peste
Ou filho do cabra Norato
O manezinho vai embora
Dessa página vou agora
Sou homem, e não um rato.
Vou pra página do erótico
Pra Poesia, carta e artigo
Nessa página do cordel
Nada mais ponho, amigo
To sendo discriminado
Por não saber o babado
Fico sempre de castigo.
Mas antes de ir embora
Declaro meu voto à lula
Pernambucano arretado
Não vai em onda de bula
Será o próximo presidente
Vai alegrar muita gente
E deixar outros bem fula.
