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cronicas-->2009 - Aniversários -- 13/05/2009 - 11:48 (Jairo de A. Costa Jr.) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Inho - quando cê vem? Mais ou menos um mês... Assim, começou nossa conversa, minha mãe então disse - vou fazer um churrasco no almoço, traga as crianças. Dei partida e voltei prá casa. Prá contar o que aconteceu nesse almoço, primeiro me vem à cabeça alguns aniversários, ou afins, que participei e presenciei.
Tenho uma menininha espremida entre mim, o Toy e o Gilson, mais algumas crianças e na frente o bolo de três andares, três formas redondas recheadas e cobertas de glacê, algumas garrafas e os parentes. Era um ano da Janie, minha primeira irmã. Tudo registrado por algumas fotos, não sei quem tirou. Onde andam aquelas pessoinhas... Só a Janie anda com quarenta e sete, imaginem.
Foge-me outras memórias, fui para Itapê, depois São Paulo, comecei trabalhar, mesmo assim, festinhas de aniversários não estão claras, a não ser lá na Otis, em maio de setenta e oito, uma sexta, dia cinco, saí três horas, fui comprar um bolo, mega-blaster, como diz a Lígia. Comprei um lindo e porreta de gostoso, mas... Cheguei de volta, estava um salseiro só, não é que a diretoria dispensou o meu chefe e mais dois. E o bolo, que nada, saí de fininho e não mais cogitei. No dia seguinte, fui trabalhar, o homem me chamou, deu umas ordens e nem parabéns falou. Ano seguinte levei doces, sem comentários.
Mudei para a F.L.Smidth, nada de especial, o mesmo esquema dos bolos, patrocinados pelos donos dos anos novos, uns docinhos, umas bebidas. Quando era dinamarquês, tinha uns entretantos estranhos, muita bebida e algumas desordens, primeira parte dos oitentas. Por aí, tive as crianças e em casa, a Edna registrava só prá nós. Uma bem legal foi na garagem, domingo de manhã, dois anos da Lígia, chamamos todas as coleguinhas dela, de surpresa, e rolou uma festinha, nunca esqueci, aquela menina sapeca, meio de lado com aqueles lábios de doces e fazendo pose.
Andei por outras empresas, nada a dizer, talvez uns ou outros parabéns e tudo de bom. Azar o seu, você que está ficando mais velho, cada coisa que a gente ouvia, uns tão sem graças, umas sem noção. Tenho que falar dos meus quarenta anos, final desse período. Marquei em Maio, desmarquei, ficou para Junho, fechando com o do Guilherme. Chamei os meus amigos, colegas e alguns parentes, sábado no almoço, casa reformada, quintal limpo, quadra no fundo, espetinhos, bebidas e doces, o de sempre. Vieram e ficaram. Quem vai assar os espetos, eu não. Sobrou pro Cláudio e o seu José. Ouvi dele mais de uma - viu, os espetos estão cheirando, respondia - toca assim mesmo. Ninguém nunca falou nada, comeram e beberam até tarde, cortei o bolo, tirei fotos e passei aos quarenta e uns.
Depois, só em dois mil e um, aniversário da Amália, quinze anos, convidado que fui, vim prá Saltinho no sábado, festão com baile e tudo. Veio a ordem do Edison, fique, amanhã tem almoço. Fiquei e tive mais, uma comemoração conjunta e surpresa prá mim e mais três - Vània, o Zé e o Sérgio. Uma beleza. De novo, chamei todo mundo, em dois mil e dois, karaokê e tudo o mais para os meus quarenta-e-oito. Aí, contratei uns especialistas que assaram as carnes. Só cantamos e rimos, um monte. Por esse mesmo tempo, cheguei aos cinquenta, não é fácil não, mas, cheguei. Fiquei bem quietinho, pus a camiseta preta "no stress", um pedaço de bolo Pullman e uma velinha. Tirei fotos com uma cara sonsa, soprando sozinho e fazendo beiço. Afinal, meio século.
Pai quero fazer uma festa aqui em casa, na quadra. Ouvi da minha filha e concordei, prá que? Sábado á noite, de quando não sei. Quanta garotada, até conjunto, nossa, a vizinhança amou e nos olha até hoje. Foi ótima. Será que teve parabéns. Seis horas da manhã, eu estava limpando tudo.
Como vêem, contei alguma coisa, entre outras que ficaram perdidas nesses anos todos. Ah, fui também a algumas festinhas, dessas de barzinhos, onde se entra com a comanda e se paga a própria conta, mas é de bom tom levar um presentinho ao aniversariante.
Voltemos ao início. Mãe, to indo amanhã, chegarei no almoço, que vai ter? Vou assar carne, convidei mais gente. Ta bão, témanhã. Levantei cedo, esperei as crianças, entramos no carro e... Parada na padaria em Sorocaba, café, salgados, umas compras e vambora. São Miguel, volta na praça. A Edna - não pare na loteria, direto prá sua mãe. Ela já sabia. Ganhei uma surpresa, digna de chorar. Não chorei, mas balancei. Churrasco, exposição de fotos minhas e de todos, arte da Camila. Som na caixa, anos sessenta, videokê, cantorias, o Zénélio no comando, minha mãe a mil, meus irmãos, meus cunhados e minha família me dando uma lição de vida. Dois bolos, cinquenta e cinco anos muito bem comemorados, tantas fotos e tantos abraços, quanto carinhos. Já falei, volto o ano que vem. Gostei e acostumei. Preparem a surpresa!!
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