Ao apagar das luzes
Do cinema
Sinto uma vontade louca
De fazer sexo na poltrona.
O filme começa
E na penumbra tiro a minha roupa
E como se não quisesse nada
Toco esse corpo ao meu lado
Sem nome e sem documento
E espero uma reação favorável...
Sinto que alguma coisa reage,
Ainda que discreta, aos meus toques...
Mas reage com desejos!
Não consigo ver teu rosto
Mas imagino que és forte e bonito.
Nossas mãos se tocam
E sinto uma ansiedade própria
De quem comete um pecado.
E mudos, sem olhar nos olhos
Eu lhe toco e você retribui
E de repente, sinto que estás nu...
Procuro a tua boca
E no escuro encontro
O teu pescoço que beijo
Com sofreguidão!
Sinto teu desejo aumentar
Quando seguras o meu sexo
Com uma pegada forte.
Eu toco o teu sexo
E você toca o meu
Numa masturbação em desatino
E sinto uma explosão de prazer!
Depois do gozo
Componho-me e saio sem ver
O final do filme.