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Artigos-->O Apanhador de Sonhos -- 04/05/2003 - 11:08 (Renato Rosatti) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Ao longo de sua extensa história de mais de 100 anos, o cinema sempre procurou adaptar obras literárias produzindo filmes com roteiros inspirados em livros de variadas temáticas e autores de diferentes estilos. Mais especificamente no caso do cinema de horror, os escritores mais famosos e com um maior número de histórias adaptadas são Edgar Allan Poe e Howard Phillips Lovecraft, representando uma época mais antiga, e Clive Barker e Stephen King, que fazem parte de um período mais recente e moderno do Horror. King, inclusive, é o recordista em filmes inspirados em sua obra, pois de forma direta ou indireta ele tem participado do cinema fantástico por quase 40 anos e 70 filmes (incluindo produções para televisão, vídeo, curta-metragens e mini-séries). Esses quatro autores, mundialmente famosos por suas consagradas carreiras literárias, são personalidades marcantes também no cinema, fornecendo idéias, argumentos e histórias para a criação de filmes de horror e ficção científica que tem proporcionado entretenimento para os apreciadores do estilo e povoado por décadas a imaginação dos fãs com os piores pesadelos...

A filmografia baseada em obras de Stephen King (veja breve biografia e listagem detalhada de filmes no final desse artigo) geralmente é considerada de qualidade duvidosa, com a produção de dezenas de filmes que dividem a opinião dos fãs toda vez que são lançados, impulsionando invariavelmente grande movimentação em polêmicas listas de discussão pela internet, com significativa quantidade de elogios e principalmente críticas. Todas essas opiniões a favor ou contrárias são sempre muito subjetivas considerando-se a diferença natural entre um livro e um filme e devido a todas as conhecidas dificuldades em se adaptar uma obra literária para a tela grande.

Mas o que mais tem incomodado os fãs da obra literária de Stephen King e os apreciadores do cinema de horror em geral é que em muitos dos filmes lançados trazendo o nome de King como inspiração de seus roteiros, na verdade houve uma atitude oportunista e equivocada de seus produtores em ganhar promoção utilizando o nome consagrado do autor, pois a maioria desses filmes trazem histórias superficiais e muito pouco baseadas realmente nos argumentos originais de Stephen King, impulsionando até uma quantidade enorme de sequências descartáveis a partir de filmes originais que já haviam sido mal adaptados.

Outro erro cometido várias vezes pelos produtores foi a insistência em se filmar um conto curto de Stephen King num filme de longa metragem em vez de um episódio de menor duração (apesar que esse fato também aconteceu em muitos casos), obrigando os roteiristas a criarem novas situações em torno do argumento original, distanciando-se de sua proposta inicial com resultados na maioria das vezes não satisfatórios.

Porém, o mais importante para quem aprecia o gênero horror, a despeito de todos os problemas e mesmo exercendo uma análise crítica necessária e indispensável, uma sugestão é procurar se envolver com o principal objetivo do cinema: DIVERSÃO.



Após estrear nos Estados Unidos em 21/03/03, pouco menos de um mês depois, em 18/04, entrou rapidamente em cartaz nos cinemas brasileiros mais um filme inspirado numa história do “Mestre do Horror Moderno” Stephen King. Trata-se de “O Apanhador de Sonhos” (Dreamcatcher), dirigido por Lawrence Kasdan e com os experientes Morgan Freeman e Tom Sizemore no elenco, numa mistura de horror com elementos de ficção científica. O roteiro foi escrito por William Goldman, que já havia adaptado anteriormente outros dois livros de King para o cinema, “Louca Obsessão” (Misery, 1990) e “Lembranças de um Verão” (Hearts in Atlantis, 2001), produzidos pela “Castle Rock Entertaiment”.



Na pequena cidade de Derry, no Estado americano de Maine (terra natal de King e cenário de muitas de suas histórias), um grupo de quatro jovens amigos, Henry (Mike Holekamp), Jonesy (Giacomo Baessato), Beaver (Reece Thompson) e Pete (Joel Palmer) salvam um garoto deficiente mental e com poderes especiais telepáticos chamado Duddits (Andrew Robb) que estava sendo molestado por uma gangue de adolescentes. A partir desse incidente, o grupo de garotos recebe de Duddits como presente de gratidão um dom sobrenatural de premonição e uma capacidade de se comunicar telepaticamente, criando um forte vínculo entre eles e reforçando ainda mais a amizade existente.

Vinte anos depois, o grupo volta a se reunir numa cabana isolada numa floresta envolvida por tempestade de neve. Já adultos, o psiquiatra Dr. Henry Devlin (Thomas Jane), o professor universitário Gary “Jonesy” Jones (Damian Lewis), o vendedor de carros Pete Moore (Timothy Olyphant) e o marceneiro Joe “Beaver” Clarendon (Jason Lee) encontram um homem perdido na floresta com uma estranha e misteriosa doença que deixa uma marca vermelha no rosto, e cujo corpo serviu de incubadora para uma criatura mortal (numa referência ao clássico “Alien, o Oitavo Passageiro”, 1979, de Ridley Scott, e também pelo nome “Ripley” batizado como a doença alienígena, homenageando a famosa heroína de mesmo nome interpretada por Sigourney Weaver).

A partir daí, eles se envolvem novamente com o agora adulto paranormal Duddits (Donnie Wahlberg), presenciam e combatem uma tentativa de invasão alienígena e enfrentam um grupo especial de militares, liderados pelo austero Coronel Abraham Curtis (Morgan Freeman) e o Capitão Owen Underhill (Tom Sizemore), que isolam a área decretando estado de quarentena, e que secretamente estão investigando as ações dos alienígenas hostis no planeta já há vinte e cinco longos anos.



“O Apanhador de Sonhos” é mais um filme comum que situa-se apenas na média das dezenas de produções inspiradas em obras de Stephen King. O roteiro é até interessante, numa mistura de horror, ficção científica (com influências notáveis de filmes similares como “Invasores de Corpos”/1978 e “O Enigma de Outro Mundo”/1982, que por sua vez já eram refilmagens dos clássicos “Vampiros de Almas”/1956 e “O Monstro do Ártico”/1951, respectivamente), e uma forte amizade entre um grupo de jovens (tema que já havia sido bem explorado no filme “Conta Comigo”, de 1986). Mas sua trama é convencional num imenso desfile de clichês e situações previsíveis já vistas inúmeras vezes. Algumas cenas e diálogos propositadamente cômicos (principalmente a cargo do personagem Pete) são totalmente desnecessários. Em filmes sérios de horror o ideal seria evitar as tentativas equivocadas de inserir elementos de humor, a não ser em casos explícitos de paródia ou homenagem a outros filmes, como por exemplo os excelentes e super divertidos “A Volta dos Mortos-Vivos” (The Return of the Living Dead, 1985) e “Malditas Aranhas!” (Eight Legged Freaks, 2001), pois dificilmente o “crossover” entre horror sério e humor traz um resultado satisfatório.

Os personagens dos militares interpretados por Morgan Freeman e Tom Sizemore são arquétipos banais que não convencem, e que já foram explorados à exaustão pelo cinema, desperdiçando os talentos de seus experientes atores. Não faltou também o tradicional clichê de rivalidade entre as diversas organizações secretas do exército, envolvendo nesse caso um conflito particular do Coronel Curtis (Freeman) com o General Matheson (Michael O’Neill).

O personagem de Duddits, mesmo sendo deficiente mental, protagoniza alguns momentos difíceis de assimilar em atitudes que beiram o ridículo, principalmente na sua fase adulta. E seria interessante também uma redução na duração dos longos 136 minutos para algo em torno de pouco menos de duas horas, pois o filme não tem uma dinâmica capaz de sustentar a longa metragem.

De positivo, destacam-se uma cena inicial com o violento atropelamento do personagem Jonesy (interessante notar que o próprio Stephen King sofreu uma tragédia similar em sua vida em junho de 1999, e “Dreamcatcher” foi o primeiro livro publicado que ele escreveu após esse grave atropelamento que quase o matou); a bela fotografia de um ambiente de claustrofobia numa cabana no meio de uma floresta coberta pela neve (lembrando situação parecida com o hotel assombrado e isolado de “O Iluminado”, 1980); a interessante forma como foi apresentada a memória no cérebro do personagem Jonesy, dividida por setores e depósitos de arquivos pessoais (ele que havia sido possuído por um dos alienígenas); os eficientes efeitos especiais dos extraterrestres (destacando as asquerosas “enguias” assassinas, com suas bocas repletas de dentes afiadíssimos); a ótima sequência de ataque dos helicópteros do exército ao local do acidente de uma imensa e belíssima nave alienígena encravada na floresta, com seus tripulantes à deriva e tentando confundir as mentes dos pilotos da frota de ataque com mensagens de socorro; e o inevitável confronto final entre Duddits e um líder alienígena num desfecho revelador.



O título nacional foi bem escolhido, limitando-se a apenas traduzir corretamente o original em inglês, “Dreamcatcher” (ou “O Apanhador de Sonhos”). Aliás, os responsáveis pela definição dos nomes dos filmes estrangeiros no Brasil deveriam simplificar sempre seu trabalho e procurar apenas traduzir literalmente para o nosso idioma os títulos originais, com raras exceções onde torna-se necessário uma adaptação do nome nacional por questões comerciais.

O diretor Lawrence Kasdan é conhecido principalmente como roteirista de filmes de grande sucesso de público como “Os Caçadores da Arca Perdida” (1981), de Steven Spielberg, e dois episódios da primeira trilogia filmada da franquia “Star Wars”, criada por George Lucas, “O Império Contra-Ataca” (1980) e “O Retorno de Jedi” (1983). Na direção, foi o responsável por dois excelentes “westerns” modernos, “Silverado” (1985) e “Wyatt Earp” (1994), ambos com Kevin Costner.

Como curiosidade, é interessante mencionar que “Dreamcatcher” é realmente uma lenda indígena americana sobre “um filtro dos sonhos”, um aro de ramos entrelaçados numa complexa teia de fonte de energia, por onde passam os sonhos bons que viajam pela noite fluindo tranquilamente até as pessoas que dormem, e por onde também são aprisionados os pesadelos até sucumbirem com o final da noite e a chegada das primeiras luzes do dia.

E outro fato curioso foi que Stephen King cobrou simbolicamente apenas US$ 1,00 pelos direitos de produção do filme, procurando não se envolver com o roteiro, devido às várias experiências anteriores com adaptações de suas histórias para as telas e as quais não foram bem sucedidas, não contribuindo satisfatoriamente para seu legado de sucesso na literatura, pois muitos dos filmes inspirados em sua obra foram mal recebidos por seus fãs.



Enfim, “O Apanhador de Sonhos” não é um filme empolgante e nem destaca-se na filmografia de Stephen King. Mas ainda assim garante alguns bons momentos de diversão, numa história de horror e invasão alienígena. E também desperta um interesse especial principalmente por ser baseado em história do mestre do horror moderno.

Porém, em minha opinião os melhores filmes inspirados na consagrada obra literária de King continuam sendo os primeiros filmados há mais de 20 anos atrás como “Carrie, a Estranha” (Carrie, 1976) e principalmente “O Iluminado” (The Shining, 1980, dirigido por Stanley Kubrick e que estranhamente Stephen King não gostou, gerando uma curiosa polêmica entre eles na época); ou ainda mais recentemente como “O Cemitério Maldito” (Pet Sematary, 1989) e “Louca Obsessão” (Misery, 1990).



O Apanhador de Sonhos (Dreamcatcher, 2003). Warner Bros. Direção de Lawrence Kasdan. Roteiro de William Goldman e Lawrence Kasdan, baseado em obra homônima de Stephen King. Produção de Charles Okun, Jon Hutman, Stephen Dunn e Casey Grant. Produção Executiva de Bruce Berman. Fotografia de John Seale. Edição de Carol Littleton e Raul Davalos. Música de James Newton Howard. Maquiagem de William Corso. Efeitos Especiais de Les Bowie (“Industrial Light & Magic”). Elenco: Morgan Freeman (Coronel Abraham Curtis), Thomas Jane (Dr. Henry Devlin), Jason Lee (Joe “Beaver” Clarendon), Damian Lewis (Gary “Jonesy” Jones), Timothy Olyphant (Pete Moore), Tom Sizemore (Capitão Owen Underhill), Donnie Wahlberg (Douglas “Duddits” Cavell), Mike Holekamp (jovem Henry), Giacomo Baessato (jovem Jonesy), Reece Thompson (jovem Beaver), Joel Palmer (jovem Pete), Michael O’Neill (General Herman Matheson), Ingrid Kavelaars (Trish Oservich), Alex Campbell (Richie Grenadeau), Chera Bailey (Rachel Mendol), Shauna Kain (Josie Rinkenhauer), Campbell Lane (Gosselin), Ty Olsson (Sargento Andy Janas), Rosemary Dansmore (Roberta Cavell), Eric Keenleyside (Rick McCarthy). 136 minutos.



STEPHEN KING, O MESTRE DO HORROR MODERNO



Escritor americano nascido em 21/09/1947 em Portland (Maine), Stephen Edwin King pode ser considerado como “O Mestre do Horror Moderno”, devido ao seu notável talento em escrever livros e contar histórias recheadas com elementos sobrenaturais. Sua obra literária alcançou um sucesso e reconhecimento tão grandes, que foi traduzida para mais de 35 países e dezenas de suas histórias foram adaptadas para o cinema e televisão, tornando-se um dos autores mais filmados na história do cinema de horror, ao lado de outros mestres como Edgar Allan Poe, H. P. Lovecraft e Clive Barker.

No começo de 1959, ele iniciou suas atividades literárias editando um fanzine local chamado “Dave´s Rag” juntamente com seu irmão mais velho David. Com baixa tiragem e utilizando recursos modestos de produção, eles reproduziam o jornal com o auxílio de um mimeógrafo e distribuíam na cidade onde moravam, Derham.

Em 1963, com a ajuda do amigo Chris Chesley, King publicou uma coleção com 18 contos sobrenaturais chamada “People, Places, and Things – Volume I”, vindo um ano depois a publicar de forma amadora o livro “The Star Invaders”. Aos 18 anos de idade, Stephen King teve seu primeiro trabalho publicado, o conto “I Was a Teenage Grave Robber”, na revista “Comics Review”. Em 1967, ele teve sua primeira história vendida, “The Glass Floor”, para a revista “Startling Mystery Stories”.

Em janeiro de 1971, o escritor casou-se com Tabitha Jane Spruce, com quem vive até hoje. Ela foi a responsável pelo marido terminar de escrever o livro “Carrie”, cujo projeto tinha sido abandonado por ele antes da conclusão. Publicado em 1974 e transformado em filme dois anos depois nas mãos do diretor Brian De Palma, a história de uma adolescente com poderes telecinéticos que se vinga mortalmente dos colegas de escola que a desprezavam, foi um grande sucesso de bilheteria e impulsionou de forma avassaladora a carreira de Stephen King, que a partir daí iniciou uma overdose de lançamentos de livros como “A Hora do Vampiro” (1975), “O Iluminado” (1977), “A Dança da Morte” (1978), “Sombras da Noite” (contos, 1978), “Zona Morta” (1979), “A Incendiária” (1980), e muitos, muitos outros mais, com a maioria sendo adaptada e transformada em filmes.

Atualmente, Stephen King vive com sua esposa e três filhos em Bangor, no Maine (Estado americano onde a maioria de suas histórias são ambientadas), e com mais de 300 milhões de livros em publicação pelo mundo, ele continua escrevendo e também emprestando seu talento para o cinema, que já possui uma galeria maldita com dezenas de filmes baseados em sua obra.

Em junho de 1999 ele sofreu um grave atropelamento quando caminhava por uma estrada, mas com muito esforço conseguiu recuperar-se e logo escreveu o roteiro da mini-série para a TV “A Casa Adormecida” (Rose Red, 2002) e o livro “O Apanhador de Sonhos” (Dreamcatcher), que transformou-se em filme para o cinema no início de 2003, perpetuando seu legado de horror e felizmente saciando sua legião de fãs sedentos por histórias sobrenaturais.



FILMOGRAFIA – CINEMA



* Carrie, A Estranha (Carrie, 1976) – Direção de Brian De Palma, com Sissy Spacek, Amy Irving, Nancy Allen e John Travolta.

Notas: História adaptada do livro “Carrie” (1974). Teve uma sequência em 1999 (“A Maldição de Carrie” / The Rage – Carrie 2), de Katt Shea, e uma refilmagem de 180 minutos para a TV, “Carrie” (2002), de David Carson.



* O Iluminado (The Shining, 1980) – Direção de Stanley Kubrick, com Jack Nicholson.

Notas: História adaptada do livro “O Iluminado” (1977). Inspirou uma mini-série homônima para a TV em 1997.



* Creepshow (Creepshow, 1982) – Direção de George A. Romero, com Leslie Nielsen, Ed Harris, Tom Savini e Fritz Weaver.

Nota: Filme dividido em cinco histórias sobrenaturais, com roteiro de Stephen King homenageando as antigas revistas em quadrinhos de horror dos anos 1950 da editora “EC Comics” (Tales From the Crypt / Weird Science / The Vault of Horror). Stephen King protagoniza um dos episódios, “The Lonesome Death of Jordy Verril”. Teve uma sequência em 1987, “Show de Horrores”, de Michael Gornick.



* Cujo, o Cão Assassino (Cujo, 1983) – Direção de Lewis Teague, com Dee Wallace Stone e Ed Lauter.

Nota: História adaptada do livro “Cujo” (1981).



* A Hora da Zona Morta (The Dead Zone, 1983) – Direção de David Cronenberg, com Christopher Walken, Anthony Zerbe, Martin Sheen, Herbert Lom e Tom Skerritt.

Notas: História adaptada do livro “Zona Morta” (1979). Inspirou uma série de TV homônima em 2002.



* Christine, o Carro Assassino (Christine, 1983) – Direção de John Carpenter, com Keith Gordon e John Stockwell.

Notas: História adaptada do livro “Christine” (1983).



* Colheita Maldita (em vídeo) / Filhos do Mal (no cinema) (Children of the Corn, 1984) – Direção de Fritz Kiersch, com Linda Hamilton e R. G. Armstrong.

Notas: Adaptação da história “As Crianças do Milharal”, do livro de contos “Sombras da Noite” (Night Shift, 1976/77/78). Originou uma enorme franquia com outros seis filmes produzidos diretamente para o mercado de vídeo até 2001: Colheita Maldita 2 – O Sacrifício Final (The Final Sacrifice, 1992, de David F. Price); Colheita Maldita 3 (Urban Harvest, 1995, de James D. R. Hickox); Colheita Maldita 4 (The Gathering, 1996, de Greg Spence); Colheita Maldita 5 – Campos do Terror (Fields of Terror, 1998, de Ethan Wiley); Colheita Maldita 666 – Isaac Está de Volta (Isaac’s Return, 1999, de Kari Skogland); Colheita Maldita 7 – A Revelação (Revelation, 2001, de Guy Magar).



* Chamas da Vingança (Firestarter, 1984) – Direção de Mark L. Lester, com Drew Barrymore, George C. Scott e David Keith.

Notas: História adaptada do livro “A Incendiária” (1980). Teve uma sequência em 2002 para a TV (“Vingança em Chamas” / Firestarter 2: Rekindled), de Robert Iscove, com Malcolm McDowell e Dennis Hopper.



* Olho de Gato (Cat’s Eye, 1984) – Direção de Lewis Teague, com James Woods e Drew Barrymore.

Notas: Filme dividido em três episódios, sendo a história “Ex-Fumantes Ltda.” (Quitter´s Inc.) adaptada do livro de contos “Sombras da Noite”.



* A Hora do Lobisomem (Silver Bullet, 1985) – Direção de Daniel Attias, com Gary Busey e Corey Haim.

Nota: História adaptada do livro “A Hora do Lobisomem” (Cycle of the Werewolf, 1984).



* Comboio do Terror (Maximum Overdrive, 1985) – Direção de Stephen King, com Emilio Estevez.

Notas: Adaptação da história “Caminhões”, do livro de contos “Sombras da Noite”. Único filme dirigido por Stephen King. Teve uma espécie de refilmagem para a TV em 1998 chamada “Trucks”.



* Conta Comigo (Stand By Me, 1986) – Direção de Rob Reiner, com Wil Wheaton, River Phoenix, Corey Feldman, Jerry O’Connell, Kiefer Sutherland e Richard Dreyfuss.

Nota: História adaptada da novela “O Corpo” (The Body), da coleção “Quatro Estações” (Different Seasons, 1982).



* Show de Horrores (Creepshow 2, 1987) – Direção de Michael Gornick, com Tom Savini e George Kennedy.

Notas: Filme dividido em três histórias sobrenaturais, com roteiro de George A. Romero, homenageando as antigas revistas em quadrinhos de horror dos anos 1950 da editora “EC Comics” (Tales From the Crypt / Weird Science / The Vault of Horror). O episódio “A Balsa” é inspirado em conto de Stephen King, do livro “Tripulação de Esqueletos” (Skeleton Crew, 1985). Teve um filme anterior em 1982, “Creepshow”, de George A. Romero.



* O Sobrevivente (The Running Man, 1987) – Direção de Paul Michael Glaser, com Arnold Schwarzenegger.

Nota: História adaptada do livro “The Running Man” (1982, sob o pseudônimo de Richard Bachman).



* O Cemitério Maldito (Pet Sematary, 1989) – Direção de Mary Lambert, com Fred Gwynne, Dale Midkiff e Denise Crosby.

Notas: História adaptada do livro “O Cemitério” (1983). Teve uma sequência em 1992 (“O Cemitério Maldito 2” / Pet Sematary Two), também de Mary Lambert, com Edward Furlong.



* A Criatura do Cemitério (Graveyard Shift, 1990) – Direção de Ralph S. Singleton, com Brad Dourif.

Nota: Adaptação da história “Turno do Cemitério”, do livro de contos “Sombras da Noite”.



* Contos da Escuridão (Tales From the Darkside – The Movie, 1990) – Direção de John Harrison, com Christian Slater.

Nota: Produção de George A. Romero, baseada em série homônima de TV, com três episódios sendo um deles, “The Cat from Hell”, adaptado de um conto de Stephen King, que foi publicado nas antologias “Tales of Unknown Horror” (1978) e “Magicats” (1984).



* Louca Obsessão (Misery, 1990) – Direção de Rob Reiner e com James Caan, Kathy Bates e Lauren Bacall.

Notas: História adaptada do livro “Angústia” (1987). Kathy Bates ganhou o “Oscar” de melhor atriz por sua atuação.



* O Passageiro do Futuro (The Lawnmower Man, 1992) – Direção de Brett Leonard, com Pierce Brosnan.

Notas: Adaptação da história “O Homem do Cortador de Grama”, do livro de contos “Sombras da Noite”. Stephen King considerou que o filme não tem nenhuma relação com seu conto e entrou na justiça conseguindo retirar o crédito da história para ele por decisão judicial.



* Sonâmbulos (Sleepwalkers, 1992) – Direção de Mick Garris, com Mark Hamill e Brian Krause.

Nota: Roteiro original de Stephen King, sem ser baseado em nenhum livro ou história já publicada anteriormente.



* A Metade Negra (The Dark Half, 1993) – Direção de George A. Romero, com Timothy Hutton e Michael Rooker.

Nota: História adaptada do livro “A Metade Negra” (1989).



* Trocas Macabras (Needful Things, 1993) – Direção de Fraser C. Heston, com Max Von Sydow e Ed Harris.

Nota: História adaptada do livro “Trocas Macabras” (1991).



* Mangler – O Grito do Terror (The Mangler, 1994) – Direção de Tobe Hooper, com Robert Englund e Ted Levine.

Notas: Adaptação da história “A Máquina de Passar Roupa”, do livro de contos “Sombras da Noite”. Teve uma sequência em 2001 para a TV (“Pânico Virtual” / The Mangler 2), de Michael Hamilton-Wright, com Lance Henriksen.



* Um Sonho de Liberdade (The Shawshank Redemption, 1994) – Direção de Frank Darabont, com Morgan Freeman e Tim Robbins.

Nota: História adaptada da novela “Os Condenados de Shawshank” (Rita Hayworth & the Shawshank Redemption), da coleção “Quatro Estações”.



* Eclipse Total (Dolores Claiborne, 1995) – Direção de Taylor Hackford, com Kathy Bates e Jennifer Jason Leigh.

Nota: História adaptada do livro “Eclipse Total” (1992).



* A Maldição do Cigano (Thinner, 1996) – Direção de Tom Holland, com Robert John Burke.

Nota: História adaptada do livro “A Maldição do Cigano” (1984, sob o pseudônimo de Richard Bachman).



* Vôo Noturno (The Night Flier, 1998) – Direção de Mark Pavia, com Miguel Ferrer.

Nota: Adaptação de história “O Piloto Noturno”, do livro de contos “Pesadelos e Paisagens Noturnas” (Nightmares & Dreamscapes, 1993), e que também havia sido publicado antes na antologia “Prime Evil” (1988).



* O Aprendiz (Apt Pupil, 1998) – Direção de Bryan Singer, com Ian McKellen e Elias Koteas.

Nota: História adaptada da novela “Aluno Inteligente”, da coleção “Quatro Estações”.



* Cain Rose Up (1999) – Direção de David Britten Prior, com Deborah Offner.



* À Espera de Um Milagre (The Green Mile, 1999) – Direção de Frank Darabont, com Tom Hanks, Michael Clarke Duncan, David Morse, Gary Sinise e Barry Pepper.

Nota: História adaptada do livro “O Corredor da Morte” (1996).



* Lembranças de um Verão (Hearts in Atlantis, 2001) – Direção de Scott Hicks, com Anthony Hopkins e David Morse.

Nota: História adaptada do livro “Corações na Atlântida” (1999).



* O Apanhador de Sonhos (Dreamcatcher, 2003) – Direção de Lawrence Kasdan, com Morgan Freeman e Tom Sizemore.

Nota: História adaptada do livro “O Apanhador de Sonhos” (2001).



FILMOGRAFIA – TELEVISÃO / VÍDEO



* Salem’s Lot (1979) – Mini-série de 210 minutos com direção de Tobe Hooper e com James Mason.

Notas: História adaptada do livro “A Hora do Vampiro” (1975). Teve uma versão reduzida de 112 minutos lançada em vídeo e teve também uma sequência em 1988 (“Retorno a Salem’s Lot” / “A Return to Salem’s Lot”), de Larry Cohen. E ainda existem projetos para a produção de uma outra mini-série homônima com direção de Mikael Salomon e previsão de lançamento para 2004.



* O Processador de Palavras dos Deuses (The Word Processor of the Gods, 1984) – Episódio da série de TV “Tales From the Darkside”.

Nota: Lançado em vídeo como “Contos da Escuridão 2”, baseado em conto do livro “Tripulação de Esqueletos”.



* Gramma (1985) – Episódio da nova série de TV “Além da Imaginação” (The Twilight Zone, 1985/1989).

Nota: Com roteiro do escritor Harlan Ellison, baseado em conto do livro “Tripulação de Esqueletos”.



* The Moving Finger (1988) – Episódio da série de TV “Monstros” (Monsters, 1988/1989).

Nota: Primeiro foi escrito o roteiro e depois a história foi publicada na revista “Fantasy & Science Fiction” (Dezembro de 1990).



* O Túnel do Horror (Stephen King’s Night Shift Collection, 1989)

Notas: Filme dividido em três episódios curtos dirigidos por John Woodward, Jack D. Garrett e Damian Harris, com Eric Stoltz. As histórias são “Discípulos do Corvo” (do conto “As Crianças do Milharal”, já filmado em 1984 como “Colheita Maldita”), “Quarto 321” e “A Hora da Morte”, inspiradas do livro de contos “Sombras da Noite”.



* It – Uma Obra-Prima do Medo (It, 1990) – Mini-série de 192 minutos, com direção de Tommy Lee Wallace e com Anette O’Toole e Richard Thomas.

Nota: História adaptada do livro “A Coisa” (1986).



* Jovem Outra Vez (The Golden Years, 1991) – Mini-série, com Keith Szarabajka, Ed Lauter e R. D. Call.

Nota: Roteiro original de Stephen King, sem ser baseado em nenhum livro ou história já publicada anteriormente.



* Às Vezes Eles Voltam (Sometimes They Come Back, 1991) – Direção de Tom McLoughlin, com Tim Matheson.

Notas: Adaptação da história “Às Vezes Eles Voltam”, do livro de contos “Sombras da Noite”. Teve outras duas sequências em 1996 (“Às Vezes Eles Voltam 2” / Sometimes They Come Back... Again), de Adam Grossman e 1998 (“Às Vezes Eles Voltam... Para Sempre” / Sometimes They Come Back... For More), de Daniel Zelik Berk.



* Chinga (1993) – Episódio da série de TV “Arquivo X” (The X-Files, 1993/2002).



* Tommyknockers – Tranquem Suas Portas (The Tommyknockers, 1993) – Direção de John Power, com Jimmy Smits e Traci Lords.

Nota: História adaptada do livro “Os Estranhos” (1988).



* A Dança da Morte (The Stand, 1994) – Mini-série de 366 minutos com direção de Mick Garris e com Gary Sinise.

Nota: História adaptada do livro “A Dança da Morte” (1978).



* Fenda no Tempo (The Langoliers, 1995) – Direção de Tom Holland, com Dean Stockwell e David Morse.

Nota: Adaptação da novela “Os Langoliers”, do livro “Depois da Meia-Noite” (From Four Past Midnight, 1990).



* The Revelations of Becka Paulson (1995) – Episódio da nova série de TV “Quinta Dimensão” (The Outer Limits, 1995).

Nota: Adaptação da historia “The Revelations of Becka Paulson”, publicada na revista “Rolling Stone” (Dezembro de 1979).



* O Iluminado (The Shinning, 1997) – Mini-série de 273 minutos, com direção de Mick Garris e com Rebecca De Mornay.

Notas: História adaptada do livro “O Iluminado” (1977). Teve um filme homônimo para o cinema em 1980, dirigido por Stanley Kubrick e com Jack Nicholson.



* Trucks – Comboio do Terror (Trucks, 1998) – Direção de Chris Thomson, com Brendan Fletcher.

Notas: Adaptação da história “Caminhões”, do livro de contos “Sombras da Noite”. Uma espécie de refilmagem de “Comboio do Terror” (1985), único filme dirigido por Stephen King.



* A Maldição de Quicksilver (Quicksilver Highway, 1998) – Direção de Mick Garris, com Christopher Lloyd.

Notas: Filme dividido em duas histórias de uma série cancelada de TV em forma de antologia. Uma das histórias é de Clive Barker (The Body Politic) e a outra é de Stephen King (“A Dentadura Mecânica” / Chattery Teeth), do livro de contos “Pesadelos e Paisagens Noturnas”.



* A Tempestade do Século (Storm of the Century, 1999) – Mini-série de 288 minutos, com direção de Craig R. Baxley e com Timothy Daly.

Nota: Primeiro foi escrito o roteiro para uma mini-série de TV, e depois a história foi transformada em livro.



* A Casa Adormecida (Rose Red, 2002) – Mini-série de 254 minutos , com direção de Craig R. Baxley e com Nancy Travis e Kimberly J. Brown.

Nota: Roteiro original de Stephen King, sem ser baseado em nenhum livro ou história já publicada anteriormente.



* The Dead Zone (2002) – Série de TV, com Anthony Michael Hall.

Notas: História adaptada do livro “Zona Morta” (1979). Teve um filme homônimo para o cinema de 1983, dirigido por David Cronenberg, com Christopher Walken, Anthony Zerbe, Martin Sheen, Herbert Lom e Tom Skerritt.



Notas do Autor:

1: Essa listagem da produção de cinema e TV/Vídeo baseados em histórias de Stephen King pode ser considerada bem completa, abrangendo um período de quase quarenta anos e aproximadamente setenta filmes com participação direta ou indireta do “mestre do horror moderno”. Porém, podem ocorrer também omissões de filmes ou falhas de informações. Alguns filmes produzidos como sequências de franquias foram realizados para a televisão ou vídeo, apesar de constarem como notas na lista de filmes para o cinema, devido aos seus originais terem sido lançados na tela grande.



2: Não constam na listagem alguns filmes de curta metragem lançados em vídeo como: “A Mulher no Quarto” (The Woman in the Room, 1983), “The Night Waiter” (1987), “The Boogeyman” (1995), “O Fantasma” (Ghosts, 1997), “Paranoid” (2000), “Primavera Vermelha” (Strawberry Spring, 2001), “Night Surf” (2002) e “Rainy Season” (2002).



3: Existem alguns projetos em desenvolvimento com participação de Stephen King. Para 2004 serão lançadas uma série de TV chamada “Kingdom Hospital”, com direção de Craig R. Baxley; uma mini-série para a TV com o nome de “Desperation”, com direção de Mick Garris; e um filme para o cinema chamado “Riding the Bullet”, também com direção de Mick Garris.
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