Por que chora nesta sinfonia?
Será que chora de alegria?
Será que é tonto seu coração?
Serão lágrimas ou suor de sua depressão?
Por que pranteia o rosto?
Se é tão pura a alma?
Será tão aguda sua dor?
A quem vai o seu clamor?
É limite de uma sede.
É ranço mal tratado.
A alma não verte
Neste rosto molhado.
Cintila meu corpo
Desejo impiedoso
Atravessa meu verso
Incendeia meus olhos
Que a luz neles é fraca a brilhar.
A vida me foge
Sem esperar.
Não espere que eu cante,
Sem soluçar.
Não espere que eu vingue,
Sem fraquejar.