Em 1973 ou 1974 minha mãe tinha uma cachorrinha vira-lata, muito danada e arteira; não aguentando mais deu uma ordem para meu pai.
O Jairo, já que você vai carregar batata, lá no bairro da Justinada, leve essa "mardiçoada" cachorra embora e deixe ela lá no mato.
Dito e feito, meu pai colocou a cachorrinha na carroceria do mercedes 1513 e foi prá roça. No meio do caminho, com dó, deixou a cachorrinha próximo de um bairro, na beira da estrada principal e foi embora.
Passado um tempo, meu irmão Gilson, voltando com adubo de S.Paulo, em seu mercedes 1313, viu a cachorrinha na beira da estrada. Parou e, de pronto, colocou ela em cima da carga, amarrando e tudo prá ela não cair
Levou ela de volta para a casa de minha mãe, achando que ela tinha fugido.
Qual surpresa foi a de minha mãe. Nunca mais ela mandou a cachorra embora, ficando na sua casa até morrer, de velhice.
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