NO SÁBADO
Aconselhou-me uma amiga para ter cuidado, pois, estou apaixonando-me pela Lu e, pelo o que lhe contei sobre ela, não é mulher que se apegue a um homem só. Porém, a principal
virtude da mulher é justamente não prender-se a um homem a ponto de desistir da procura de novas emoções. As mulheres sempre consideram os homens privilegiados pela sociedade, aliás machista, no concernente à liberdade amorosas e sexual, e lutaram e lutam por uma igualdade. Freud denominou essa ânsia feminina de “inveja do pênis”, pretendendo explicar o desejo de liberdade da mulher em todos os campos sociais. Num futuro próximo teremos
mulheres exercendo com plenitude todos os direitos humanos atualmente reservados aos machos, exibindo sua inteligência e sensibilidade superiores, sendo um ser humano e não mais um mero objeto de prazer sexual. Surgirão gênios femininos no mundo científico e artístico, coisa rara até hoje... A tendência é tornar-se mais bonita, mais confiante em suas atitudes, mais livre no amor, sem temer ser chamada de ninfomaníaca ou prostituta.
Sábado ã tarde procurei a Lu com a intenção de levá-la a um cinema e depois a um restaurante dançante. Sei que sou “meio” exagerado ao descrever as coisas, mas, achei-a mais linda e sedutora, com uma aura sensual envolvendo seu corpo. No vestido preto com bolinhas brancas parecia um anjo entre as estrelas do Universo, os sapatos de saltos altos realçava o porte elegante e destacava os contornos das pernas, das coxas e da cintura.
No Brahma, bar tradicional da Cidade de São Paulo, reaberto há poucos meses, ao som de uma música baixa e romântica, ouvi sua voz meio roca por mais de duas horas, saboreando chopinhos gelados. A pretensão de ir ao cinema foi para espaço...
Anoitecia quando fomos para o Terraço Itália, no 46º andar, onde fica o Bar com música para dançar. Um cantor ao piano animava o ambiente e no ritmo de sua música dançamos pela pequena pista retangular. Com a música, duas garrafas de vinho e queijo, ficamos até quase meia-noite. O contato de nossos corpos havia excitado a ambos e precisávamos sair dalí para algum lugar mais reservado onde pudéssemos extravasar todo nosso desejo.
De taxi fomos para o Lafont, motel próximo à Via Anhanguera.
Descrever os maravilhosos momentos passados no luxuoso quarto seria repetir tudo o que narrei desde que comecei a escrever sobre a Lu. Incansável e insaciável seria a descrição correta para o comportamento dessa mulher... Dormi ou desmaiei primeiro do que ela...
