Usina de Letras
Usina de Letras
166 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62268 )

Cartas ( 21334)

Contos (13267)

Cordel (10450)

Cronicas (22539)

Discursos (3239)

Ensaios - (10379)

Erótico (13571)

Frases (50658)

Humor (20039)

Infantil (5450)

Infanto Juvenil (4776)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140816)

Redação (3309)

Roteiro de Filme ou Novela (1064)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1961)

Textos Religiosos/Sermões (6203)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Contos-->LU -- 12/07/2001 - 05:56 (Clenio Cleto) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
LU...

Durmo pouco, não sonho e se sonho não lembro absolutamente de nada. Nosso cérebro, eu sei, não para de trabalhar, de processar dados, apenas diminui seu ritmo em algumas área. Entra no estado de espera, recarregando sua bateria, pronto para acordar lúcido e
esperto.
Mas, hoje, quando abri os olhos imaginei haver sonhado pela primeira vez... Vieram-me à lembrança tantas imagens lindas, perfumes suaves, sons maravilhosos que nos sonhos poderiam existir. Procurei colocar todos os fatos nums seqüencia lógica e racional , na ordem cronológica dos acontecimentos.
Rememorei: fui ao apartamento do Jonas para visitar o Dirceu, toda a familia Frederico estava reunida (com exceção da Regina), almoçamos e todos sairam. Fiquei só com a Lu.
Seus cabelos estão mais compridos, seu corpo mais esbelto, e, deu-me a impressão, os olhos maiores, mais doces.
- Você sentiu saudade de mim nesse tempo? perguntou-me.
- Acho que saudade é o sentimento para quando se perde defitivamente o amor de um
uma pessoa e eu sei que nunca vou te perder. Não importa a distancia que nos separa, não importa o tempo que passa sem nos vermos, o que vale é a expectativa de nos acharmos novamente sem dia marcado. O amor não dura eternamente, vira rotina e os seres humanos sempre renovam seus setimentos, sempre pretendem novas emoções. Eu gosto de ter prazer na paixão, não sofrer por amor.
- Isso não é amor, é tesão, os sentimentos dos homens estão no pau! Não lembram dos momentos bonitos e felizes passados fora da cama nem se importam com o que sentem as mulheres, e. quando, por acaso, sentem saudades correm para “afogar o ganso” com
qualquer prostituta.
Ficamos em silêncio... e, nesse momento, o silêncio parecia fazer barulho, incomodava!
- Vamos tomar um banho? disse puxando-me pela mão.
- Estava esperando o convite, posso lhe esfregar as costas? tentei brincar.
O banheiro é antigo, amplo, impecavelmente limpo e cheiroso, com uma grande banheira branca de torneiras brilhantes. A Lu tampou o ralinho, abriu duas torneiras que tossiram e jorraram água com violência,.
- Gosta de espuma? perguntou.
- Se for possível, não...
Enquanto a banheira enchia, sentei-me na borda, e tirei os tênis e a camisa. Puxe-a pela camiseta, com as pontas dos dedos, bem devagar, aproximando seus seios de minha testa. Suas mãos com os dedos cruzados em meu pescoço apertarem meu rosto contra o ventre côncavo e rijo, o perfume era inebriante. Controlando os movimentos nervosos de minhas mãos, consegui despí-la completamente com delicadeza, mas arranquei as minhas calças sem nem mesmo abrir o ziper.
Ela entrou primeiro e sentou-se apoiando o queixo nos joelhos. Seu lindo corpo, estava transparente, envolvido pela água borbulhando ao seu redor. Estendeu a mão pegando carinhosamente pelo membro retesado pelo desejo e puxou-me para dentro da água.
Pelo tamanho da banheira podíamos nos movimentar livremente, abraçando, beijando, rolando enroscados um no outro. Não falávamos, mas os sussuros e gemidos traduziam todo amor que compartilhávamos, que tínhamos para oferecer ao outro. Molhados, enrolados nas toalhas, literalmente corremos para a cama. Rolamos pelos lençoes ...
- Você tem camisinha? perguntei ofegante.
- Não, você não tem?
Senti como se todos os raios do céu estivessem cainda sobre minha cabeça! Como pude esquecer... Procurei ficar calmo, procurei mas não consegui.
- Vi uma farmcia aberta quando cheguei, aqui ao lado, vou até lá.
- E como você vai entrar? À noite a porta do prédio fica fechada e só entra quem tem a
chave. Vamos procurar no quarto do Alexandre, ele deve ter.
Se alguém presenciasse aquela cena imaginaria que o apartamento estava pegando fogo. Um casal pelado correndo nervosos e vasculhando gavetas e armários era coisa digna de gargalhadas ou preocupação.
- Achei, achei, achei... gritava a Lu pulando feito um garimpeiro ante uma pepita de
ouro, tal a satisfação estampada em seu rosto.
Contagiado pela sua alegria abraçei-a pela cintura e voltamos para o nosso quarto dançando tango.
Com toda essa correria o tesão se foi... o meu e o dela. Deitados lado a lado, de barriga para cima, começamos a conversar, contou-me o que tinha feito depois de nosso encontro,
seus casos amorosos (muitos) e suas decepções com quase todos eles.
Virei seu corpo de costas para mim, encoxando sua bunda de carne dura e lisa. Meu pênis ficou apertado entre as coxas e a vulva, podia sentir o intenso calor dos grandes lábios. Começou a rebolar devagar e com esses movimentos a glande inchada acariciava seu clitóris rijo e úmido. Apertando seu ventre com a mão acompanhava e orientava esse balé, essa dança gostosa. Abriu as pernas e cavalguei-a sem penetrá-la, o membro deslizava macio entre os grandes lábios da vagina numa massagem excitante. Beijei, lambi, mordi todo seu corpo até chegar à região pubiana, como a mata do oasis no meio do deserto branco de sua pele. Não estava depilada e os cabelos emaranhados brilhavam intensamente com reflexos entre sombras. Chupei-a voluptuosamente, lambendo e sugando as profundezas de seu belo corpo. Alcançou o orgasmo entre gemidos, gritos, e palavras obsenas, implorado mais e mais força e rapidez nos movimentos de meus lábios e língua. Minhas têmporas latejavam e minhas mandíbulas doiam...Arrastei-me por sobre seu corpo e beijando-lhe vorazmente a boca penetrei-a com violência e ansiedade. As molas do colchão jogavam-na contra mim, a cama rangia, o pequeno abajour do criado-mudo caiu e rolou pelo chão... Chegamos juntos ao ápice do prazer, suados, tremendo, entre palavras incoentes e gemidos ...
O torpor invade nossos corpos e continuamos agarrados um ao outro, procurando os últimos extertores do gozo.
É muito comum, principalmente com os homens, haver um desinteresse quase que imediato pela parceira ou parceiro, logo após a pessoa gozar. No entanto, meus sentimentos naquele instante não eram de tesão e sim de enorme ternura, quase de agradecimento pelo prazer que aquela moça me proporcionara. Desejava continuar a acariciar suas formas perfeitas, beijar sua nuca e seu pescoço.
Adormecemos...
Não foi um sonho, mas um fato sublime, mágico, indiscritível.
Meus nervos abalados, os músculos doloridos, os neurônio excitados na exaltação eletro-magnética do meu cérebro, deixa-me minha capacidade de raciocínio extremamente confusa. Conceitos adquiridos durante uma vida, mais de meio século de relações com o sexo feminino, idéias concebidas e pre-concebidas no convício com pessoas, críticas aos comportamentos sociais, tudo se mistura e contradizem o que sinto hoje. Tenho consciência da paixão que me acomete, do elo que me acorrenta a outro ser, da influência da emoção incontida no meu ritmo de vida. Só terei as respostas para esses problemas quando a Lu partir, voltar para Santarém. Quando não estiver mais presente, ao meu lado ou com a posssibilidade de vê-la, ouví-la, tocá-la. Meus sentimentos, agora, não se movem com a libido, com tesão, nada têm a haver com o ato sexual!
Estou fantasiando, romanceando, explorando uma emoção sexual com extremo exagero, podem pensar alguns, mas, a eles eu reitero: estou realmente apaixonado por um ser que é verdadeiramente HUMANO.

SEU CORPO QUE É MEU

Seu corpo, de curvas suaves,
Ombros fortes, mãos serenas,
Meigas peças de provocar delírios.
Seios delineáveis, pedintes e pedantes,
Por instantes atraiçoados por bicos arrogantes.
Ventre quente, côncavo, de guardar semente,
Vizinho do erótico, do aromático, do quente.
Corpo de quadris enigmáticos, de requebros frenéticos,
De pernas rapinas, morenas,
De coxas felinas, sedentas,
Como mãos atrevidas em procuras bandidas...
E a cabeça dengosa, com olhos mordentes,
A língua molhada na boca sedenta,
Oferece, safada, a promessa de amor.
Colher neste corpo o sumo, o fruto, o bagaço,
Transbordar num abraço o encanto da flor.
Adornar o seu corpo com laços, abraços...
Com marcas de dentes que vão lhe marcar
Mordendo nervoso, gritando, gemendo,
Na ânsia suprema do orgasmo lhe dar.


E-mail: cletotexto@hotmail.com


Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui