JÓIA RARA
J.B.Xavier
Te descobri num garimpo ocasional,
E hoje te tenho como jóia rara,
Te tenho como início e meio, e ao final,
Trago-te no sangue, assim como uma tara!
És o meu ar, de onde me alimento,
És o meu sol que ilumina e ampara,
É minha ferida e o meu ungüento,
Trago-te no sangue assim como uma tara!
És a mansuetude que minha alma invade,
E do amor és flecha que o coração me vara,
És minha mentira e última verdade,
Trago-te no sangue assim como uma tara!
És meu pesadelo e meu sonho silente,
Trago-te no sangue, assim como uma tara!
E garimpando pela vida, ocasionalmente,
Eu te encontrei como jóia rara!
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