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Humor-->O discurso de Lulla -- 21/02/2006 - 15:33 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O DISCURSO DO PRESIDENTE

Jacornélio M. Gonzaga (*)

Sua excelência, o apedeuta-mor, para nossa infelicidade, finalmente decidiu candidatar-se à reeleição. Infelicidade, pois teremos que agüentar esse farsante, falastrão e ignorante por mais uma campanha eleitoral, invadindo nossas casas, no horário “gratuito” de TV.

Como não podia deixar de ser, numa grande festa, bancada pelo “valerioduto”, o capadócio, com medo de falar MUITA besteira, pela primeira vez, escreveu seu próprio improviso, cujo rascunho tivemos acesso:

Prezados legionários e correligionários do PT

Vocês estão tudo aqui reunidos para saber da minha decisão se serei ou não candidato à reeleição para presidente. Serei breve, vou poupar vocês de um discurso cumprido.

Vocês sabem que no governo, sempre “tentei fazer o simples, porque o difícil é difícil", mas quatro anos são muito pouco tempo para concertar as coisas. Eu tenho que dar continuidade ao meu trabalho e às minhas viagens; nós do PT temos a obrigação de tirar as fendas dos olhos dos abtantes do Brasil para que eles possam, junto com os governantes, enxergar, com clareza, um futuro melhor para o País; temos que elevar a zero o número de famigerados que, ainda hoje, infelizmente, encontramos no Brasil; e, é preciso melhorar as indiferenças sociais e promover o saneamento de muitas pessoas.

Portanto, serei candidato, sim! Como disse Napoleão ao transpor as Muralhas da China: “A sorte está lançada!”.

É olhando nos olhos de vocês, como olhei nos do Arnaldo Godoy, que embora seja cego, estava tentando me olhar lá no Planalto, que digo:

"Eu sou filho de uma mulher que nasceu analfabeta", portanto sei que o maior matrimônio do País é a educação. No meu segundo mandado, conduzirei todos os meus óbices para alcançar os objetivos propostos pelo grande antropólogo e educador Darcy Gonçalves. Aqueles analfabetos, que nunca estudaram, terão sua chance de voltar à escola. Todos os abtantes deste Brasil, independente de raça, religião e sexo terão o seu banco escolar. Vou incrementar a Geografia Humana de modo a que possamos estudar o homem pelo homem.

Outra preocupação minha no segundo mandado será com o avanço regressivo da violência; o que fazer para assustar esta onda que cai? Poderia dizer: “Não cei!” Mas isto não é resposta, jamais permitirei que continuem acontecendo no Brasil coisas como aquelas que aconteceram no passado, quando Tiradentes foi morto e depois decapitulado.

Isto acontecia na História Antiga e na Média. Nos dias de hoje, em plena História Momentânea, os tempos são outros, não estamos mais em Esparta, onde as crianças que nasciam mortas eram sacrificadas.

Se no governo do Fernando Henrique estávamos à beira do abismo, no meu primeiro governo demos um salto a frente. Nos próximos quatro anos do PT, levaremos a indústria para o campo, para o pantanal e para a selva amazônica. Não permitiremos que os nossos índios, embora atrasados, se sifilizem ainda mais com o passar do tempo. Não voltaremos ao tempo colonial, quando o Brasil só dependia do café e de outros produtos extremamente vegetarianos. Vocês verão e, constatarão, como Gutenberg: "a luz foi iluminada".

Vivemos num lugar privilegiado, já que o Brasil é um país muito aguado pela chuva, aqui não é como Luiz Boa, capital de Portugal, que faz frio e o pessoal não toma banho. Transformarei o Brasil numa América do Norte, que tem mais de 100.000 Km de estradas de ferro cimentadas. Nossa projeção internacional sairá do Haiti e transporá a divisa com a República do Minicana. Sentaremos na ONU!

No comércio internacional, sei da importância do mercado com nossos vizinhos e com os árabes. Tenho a certeza absoluta que "o continente sul-americano e o continente árabe não podem mais, no século XXI, ficar à espera de serem descobertos” e, na América do Sul, “o Brasil, que só não faz fronteira com Chile, Equador e Bolívia", tem obrigação de incrementar o comércio local.

Manteremos uma política externa independente, continuaremos priorizando a África e, não será o "Atlântico, que é apenas um rio caudaloso, de praias de areias brancas", que nos separará. "Por muitos anos o Brasil não pôde sequer conversar com a Líbia porque os americanos não gostavam dos libaneses", isto não acontecerá mais!

Quanto aos avanços tecnológicos, não me deixarei sucumbir como Lavoisier, que foi guilhotinado por ter inventado o oxigênio. Seguirei idéias luminosas, pois meu ministério será composto por homens cujos nervos óticos iluminarão seus cérebros. Benzido pela sorte, nosso País tem uma imensa quantidade de ar, principalmente no Nordeste, cujos ventos podem ser empregados para gerar energia. Temos que fazer como os egípcios antigos, que desenvolveram a arte funerária para que os mortos pudessem viver melhor.

Melhoraremos a saúde do povo brasileiro. Serei para a Nação o seu verdadeiro coração, o órgão que não para nunca, trabalhando 24 horas por dia. Para combater a gripe viária, serei como Osvald de Andrade, que acabou com a febre amarela, aquela trazida da China, por Marco Pólo.

Sou um homem com os pés no chão. Em minha vida não li um só livro, mas sei que a diferença entre o Romantismo e o Realismo é que os românticos escrevem romances e os realistas nos mostram como está a situação do país e eu sei das dificuldades que temos pela frente, o Brasil como os demais países do terceiro mundo, tem como problema principal, a superabundância de necessidades.

No meu segundo mandado, irei elevar, ainda mais, a dignidade do povo brasileiro, pois não esqueci do que disse, em 19 de julho de 2004, ao fazer o lançamento da campanha "O melhor do Brasil é o brasileiro": "Em qualquer lugar do mundo que eu vou, eu tenho que levar flores ao túmulo do herói nacional. No Brasil não tem". Completo o meu propósito dignatário (de dignidade) com as palavras que proferi, em 29 de junho do mesmo ano, quando da abertura da Conferência Nacional dos Direitos Humanos: "Pobre do país que precisa de heróis para defender a dignidade. Pobre do país que precisa de mártires para defender a liberdade ou de mortos para defender a vida”. Se tiverem qualquer dúvida sobre a veracidade destes ditos, consultem o site da Radiobras.

Quero passar para a história como um verdadeiro Péricles, que foi o principal ditador da democracia grega. Lá, o regime democrático funcionava muito bem, porque os que não estavam de acordo se envenenavam. Não somos iguais aos gregos, mas "todo brasileiro tem motivos para se sentir otimista. As perspectivas só são ruins para os desempregados".


E elle ainda teve a coragem de dizer:


"Não é mérito, mas, pela primeira vez na história da República, a República tem um presidente e um vice-presidente que não têm diploma universitário. Possivelmente, se nós tivéssemos, poderíamos fazer muito mais”.


Votem nelle, de novo!


Revisão: Os revisores desistiram


Brasília, 24 de janeiro de 2006 (quase quatro meses depois)





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