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Artigos-->Segundo o L. D, os pacifistas querem vida longa a Saddam! -- 15/04/2003 - 11:41 (Clóvis Luz da Silva) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O “Libertad Digital”, que suponho se tratar de um site espanhol, enviou-me e-mail com texto intitulado “Silenced truth: ‘pacifists’ protect tyrants and incite wars”. Lendo o artigo, chega-se exatamente ao pensamento da extrema-direita cristã, que dá o respaldo religioso às ações políticas dos falcões de Bush.



Pois bem, o artigo, sem identificação do autor, já no título denuncia que os “pacifistas” protegem tiranos e incitam guerras. Como assim? Diz o autor que os auto-denominados movimentos pacifistas, articulados por esquerdistas e seus cúmplices silenciosos (?), têm contribuído de forma decisiva para a proteção das maiores forças tirânicas dos séc. XX e XXI, e cita de Adolph Hitler, Stalin, Fidel Castro, Pol Pot, Kim Jong II a Saddam Hussein.



Deixando de lado as referências do artigo ao pacifismo de Inglaterra e França no contexto da 2ª Guerra Mundial, quero me concentrar nos argumentos contra o atual “pacifismo” do Ocidente, que, segundo o autor anônimo, é digno de censura pela contradição, porque, se condena a guerra contra o Iraque, o faz lançando uma cortina de fumaça sobre a ditadura de Saddam Hussein e as conseqüentes condições de miséria e opressão do povo iraquiano, além de não levar em conta o perigo que esse regime representa para a paz no Oriente Médio e no resto do mundo.



Continua o artigo denunciando que as manifestações “pacifistas” que estão se espalhando pelo mundo, foram previamente articuladas no recente Fórum Social Mundial, em Porto Alegre, um gigantesco celeiro de forças revolucionárias remanescentes do comunismo.



Segue o artigo dizendo que “aqueles mesmos ‘pacifistas’ que choram apenas com o olho esquerdo” não apenas mantém silêncio sobre os crimes do regime ditatorial iraquiano como também nada dizem sobre o recente ataque violento de Fidel Castro contra oposicionistas e jornalistas independentes em Cuba, as violações da liberdade religiosa na China, Cuba e Coréia do Norte, a perseguição a cristãos em países islâmicos, o depotismo pró-Castro do presidente venezuelano Hugo Chaves, a violência fratricida do ETA, na Espanha, etc. Diz ainda ser sintomático que entidades americanas promotoras de protestos anti-guerra, tenham em seu currículo ações de apoio a Castro, Saddam and Kim Jong II, como demonstrou o jornalista Dan Springer, da Fox News. Vale ressaltar que foi esse mesmo grupo de comunicação que defendeu a mentira no front de batalha, se fosse necessária para que os EUA vencessem a guerra contra o Iraque!

Ainda de acordo com o artigo, na Espanha, em seus protestos os erroneamente denominados “pacifistas” recorrem à violência, atacando prédios oficiais, causando destruição ao patrimônio público. De acordo com a denúncia feita no editorial do “Liberdade Digital”, na Espanha há o ressurgimento do “tradicional totalitarismo jacobiano”, com “violentos métodos” usados pela “extrema-esquerda totalitária” que conta com o apoio, pela ação ou omissão, da Esquerda Unida e o Partido Socialista dos Trabalhadores Espanhol. Na Inglaterra, segue o artigo, Ahmed Chalabi, do Congresso Nacional Iraquiano, em exílio, denunciou que os supostos ativistas pró-paz querem “prolongar a vida de Saddam e a miséria do povo iraquiano”. Na Itália, ainda segundo o artigo, alguns jornalistas chamam a atenção para a enorme capacidade dos auto-denominados “pacifistas” naquele país de “manipular a realidade”, usando como exemplo o uso massivo em protestos de fotos de Che-Guevara, que está sendo apresentado como símbolo do pacifismo, quando na verdade sua crueldade contraria a paz.



Diz ainda o artigo que depois do artificial clima emocional criado pela esquerda, com o apoio da mídia, que nublou a razão e o senso comum, a História irá, sem dúvida, registrar com severidade e indignação o gigantesco custo social, humano e político dos erroneamente chamados “pacifistas” e que a causa da paz é muito importante para deixá-la em suas mãos.



Por fim, temos a verdadeira revelação do caráter ultraconservador, de viés religioso, do texto, quando o autor diz ser importante não haver confusão entre “pacifistas” e “pacíficos”, os quais receberam a promessa, no Sermão da Montanha, de serem chamados filhos de Deus. Os pacíficos são aqueles que amam a verdadeira paz, definida por Santo Agostinho como “a tranqüilidade da ordem”. Em sentido contrário, conclui o artigo, quando os pacifistas falam de paz, isso não passa de um pretexto para zombar e imobilizar os pacíficos, os defensores da ordem..



Minhas considerações sobre os argumentos presentes do texto farei em outra ocasião; por ora, deixo que o leitor da Usina faça sua própria reflexão sobre o assunto.

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