Venhas em minha poesia me amar
Sei que não queres admitir
Do louco tesão
Que estás por mim a sentir.
Não consegues mais calar
Aquilo que te queima por dentro
Sem te dar mais Paz
E nem mesmo tens o unguento.
Aquilo que em ti não cala
Gritas agora nas falas
Como se estivesses à ensandecer
Pela total ausência de meu bem querer.
Chegues aqui bem perto
Ó Homem que não deu certo
Abra-me teu coração
Diga-me de tua Paixão.
Sou Fêmea de quatro costados
Vôo em meu Cavalo Alado
Às Estrelas quero percorrer
Jamais pensei meu tempo contigo perder.
Vives na escuridão
Triste é teu coração
Pois não aprendestes a levar um Não.
Esperneias agora grotescamete
Xingando à toda gente
Mas a culpa é de tua semente
Que plantastes em lugar errado
Não deu frutos e estás apavorado.
Vou contigo um trato fazer
Ponho-me nua para ti ao anoitecer
Tem que ser noite bem escura
Porque ao teu rosto não quero ver.
Deixo minha janela aberta
Dou-te a minha senha secreta
Deito-me em lençóis de cetim
Tu chegas e montas direto sobre mim.
Fecho meus olhos e penso no outro
Que é meu real amor, o meu Colosso
Abro-me em flor toda para ti
Enterras teu grosso falo para minha vulva ferir
Tua língua e dedos a me percorrer
Para fazer meu desejo acender.
Com teu talo latejante
Despejas num urro horripilante
Tua seiva abundante e densa
Como touro que és
Tens um suadouro
E pelo nojo que sinto de ti
Irias direto para o matadouro.
Não perturbarias à mais ninguém
Pois tua moral para mim
Está demasiado aquém
Tu és apenas um pobre Ninguém!
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NITERÓI- RJ
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