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Cronicas-->dIA NO FÓRUM -- 08/10/2008 - 04:00 (Marcelino Rodriguez) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
QUEM É O INIMIGO, QUEM É VOCÊ

Marcelino Rodriguez


Recebo pela WEB o livro "Carregando o Elefante", que trata das muitas incompetências do Brasil e algumas potencialidades, caso se tomem algumas providências. Em plena era da telefonia e da internet , fax, telefones e outras comodidades uma Vara de justiça demora no mínimo quinze dias pra saber quanto tem num banco que fica a vinte minutos do fórum. Inacreditável? Se fosse só isso. O déficit educacional e, consequentemente, humano joga-nos a todos num cotidiano imprevisível, violento e aleatório. Vejamos como é na prática. Uma prestadora de serviços
andou me estressando então fui ás pequenas causas. Na conciliação, a empresa tinha dois advogados. Uma loura delicada e um rapaz magro; ambos pareciam desconfortáveis com a proposta da empresa. A loura visivelmente desconfortável em
mostrar qualquer tipo de agressividade. O rapaz magro era uma espécie de auxiliar de nada. Apenas dizia que a empresa não queria pagar mais que cem reais; Como não houve acordo, o conciliador mandou que eu fosse buscar o advogado público que atua nesses casos e rápido que a audiência de julgamento era em dez minutos. Chegando na
porta da advogada , uma delas estava fechada e a outra batia um papo com 3 PMS que dificilmente seria sobre cilentes e fornecedores; percebi o descaso e questionei-a: - Meu filho, já chamou pra AIJ? Senhora, a audiência é em cinco minutos, sou leigo, se a Sra começar a falar em termos técnicos é complicado. - E quase começou uma discursão inútil, com um dos PMS querendo rosnar pra mim. Me fingi de surdo. Por quase milagre a outra advogada
apareceu, vestida como se tivessa indo para o pagode do Joca e com ar tão sério e compenetrado quanto! na verdade, os funcionários públicos do Brasil se acham "especiais". Claro que não deu tempo de ela ver meu processo.
No corredor, topei com a loura, a advogada da prestadora de serviços que me sorriu e apontou a sala de audiência.
_ Doutora, pra quem não milita nisso, esse fórum é um inferno.
_ IMagina eu que estou aqui todo dia.
_ È. Mas Você ainda sabe alguns códigos.
Na hora da audiência, tive que entrar com a "advogada pagodeira" e um pensamento agressivo me veio "que fiz eu pra estar ao lado desse traste?" - Por causa dessa incomunicabilidade com a advogada "pública", perdi um ou dois
pontos na audiência. A loura entregou papéis ao juiz e ficou mexendo nos cabelos de modo a esconder o rosto. A audiência, que nada resolveu praticamente, foi marcada pra outro dia, para que a "advogada da parte autora" pudesse se inteirar do processo; na saída, a advogada pagodeira foi no cartório e também não achou o processo, me mandando voltar na outra semana. Eu já estava exausto, como se tivesse vindo da guerra do Afeganistão. No Brasil não sabemos nunca onde está o inimigo: a impontualidade, a displicência, o descaso, o desperdício , a estupidez e até mesmo a deselegància no vestir pode nos transformar de autor a réu em minutos. Alguns modos de disciplina cívica fariam
bem a certos universitários de áreas de risco. Muita informalidade nada mais é que falta de educação.

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