Continuo aqui como “assinante que não pagou”, o que me incomoda muito e só não me avilta porque não autorizei tal ato. Não recebi os esclarecimentos que pedi em carta anterior. Não tenho condições de aproveitar desse espaço que não pedi nem paguei. Quem pagou jogou fora seu dinheiro e não me sinto culpada por isso. Quem ficou com o dinheiro certamente fará bom proveito. Na verdade, continuo no escuro, pois nem sei ainda a quem devo essa mordomia que não desejei ter. Tal situação me fez decidir deixar esta Usina que tanto curti e que me recebeu tão bem. Infelizmente, um ato impensado e um tanto alienado criou esse impasse que eu não provoquei. A conseqüência - minha saída - sobrou para mim... rs...

Não saio, entretanto, por rebeldia, nem por protesto. Apenas não posso deixar que alguém, só porque tem o dinheiro, tenha o poder de tomar decições por mim. Mesmo que tenha feito isso com boa intenção.

Quero informar que não pretendo publicar mais nada do que venha a escrever. Se for absolutamente necessário, publicarei em alguns Sites que estão abertos para mim. Na verdade já publico neles, só que não tudo. O Usina de Letras é realmente o Site que abriga todo o meu trabalho e onde eu pretendia ficar até morrer.

Quero informar também que meus direitos autorais já foram doados para a Editora da Tribo, local que julgo o habitat ideal para meu trabalho. Publico na Agenda da Tribo há alguns anos e é àquele pessoal idealista e muito sério que confio o trabalho de uma vida inteira. Não sou muito a favor de direitos autorais como herança. Acho que eles deveriam deixar de existir quando deixa de existir o autor. Mas, os legisladores não são poetas... e inventaram essa lei que, aliás, causa muita briga em diversas famílias que chegam a proibir que se publique qualquer criação do autor falecido sem que se pague por isso. Lei, para variar, feita dentro dos padrões capitalistas que subvertem muitas cabeças. E como a cabeça dos dirigentes da Tribo é livre e aberta, os escolhi para divulgar meu trabalho na medida do possível.

Agradeço a todos que, aqui, me fizeram feliz. Agradeço aos coordenadores do Site, principalmente pelos gastos comigo e pela atenção que me foi dispensada sempre que a solicitei, antes deste episódio. E agradeço com especial carinho aos amigos que fiz neste mundo virtual tão surpreendente.

Peço desculpas e lamento se magoei ou desrespeitei alguém durante esses anos de convivência.

Meus e-mails, já conhecidos, continuam à disposição de quem quiser me escrever, comentar meus textos, dar suas sugestões, críticar etc. Cada página minha que fica neste Site registra o “fale comigo” ou “fale com o autor”, que leva a mensagem diretamente para minha caixa postal. E sempre terei muito prazer em responder, a não ser que seja anônimo...

Não parto alegre, mas parto de cabeça erguida por não abrir mão de meus princípios, ou ferir, mesmo que de leve, o caráter que construí à custa de muitos erros e acertos.

A todos meu abraço e meu carinho.

Olympia Salete Rodrigues (Sal)

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