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Artigos-->A PROPRIEDADE E A ESCRAVIDÃO PELA FORÇA -- 07/04/2003 - 00:03 (medeiros braga) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos




Tudo começou quando alguém mais forte chegou, passou a vista sobre uma imensidão de terra e proclamou para todos que dela viviam: “De hoje em diante tudo isso será meu”. E como ninguém o protestasse não apenas cercou o imenso latifúndio, bem como transformou em escravo todos aqueles que ali moravam. Nascia, assim a a propriedade privada Por isso que grandes filósofos, a exemplo de um Rousseau, afirmam que “a propriedade é um roubo”.



De forma mais sofisticada, nós estamos assistindo, com a invasão do Iraque pelos EUA, algo semelhante. O seu presidente, o “todo-poderoso Bush”, apontou para o petróleo iraquiano e afirmou, categoricamente: “tudo isso será meu”. O pretexto de que o seu objetivo é libertar o povo da tirania de Saddam Hussein, destruir armas químicas/biológicas ou mesmo eliminar o cabeça do terrorismo, não passa de um grande sofisma.



A verdade é que enquanto as reservas petrolíferas dos EUA estão em um estágio terminal, previsto para os próximos vinte anos, o Iraque dispõe de lençóis petrolíferos que podem ser, regularmente, explorados durante cento e oitenta anos. Não resta dúvida que a “insolência” de Saddam Hussein em desafia-lo, a começar pela recusa de dólar e aceitação do euro como moeda, influiu na decisão precipitada da invasão daquele país.



No que pese os grandes protestos populares por todo mundo, inclusive, no próprio país invasor, da posição corajosa da ONU e da manifestação do Papa João Paulo II, os EUA fizeram o seu julgamento e providenciaram a sua punição. E a verdade é que em nome do “petróleo é meu”, não há como esconder esse objetivo, vidas humanas foram ceifadas.



Dessa forma, verificamos que o retrocesso da propriedade privada foi colocado em prática. E mais; não foi apenas a apropriação de um pedaço de terra, mas, de uma nação. Pela força, como na pré-história, uma nação foi transformada em propriedade de outra. Se não houver uma tomada de posição corajosa das demais nações, os mesmos EUA, a seu bel-prazer, poderão escolher um outro país, julgar, condenar e puni-lo, porque a força se fez direito.



Os crimes crescem, é verdade; no entanto, em uma velocidade bem maior, crescem as insatisfações humanas e o número daqueles que lutam por um mundo melhor. Nós já não vivemos naquele tempo sombrio em que Brecht lamentava ser de “muitas injustiças e nenhuma insatisfação”. No que pese o avanço de tantas excrescências, nós sentimos que a humanidade, hoje, deseja uma mudança para melhor. Alias, para a sua comprovação, a invasão do Iraque pelos EUA, deu essa contribuição. Pode haver uma demonstração mais nítida de organização política, de disposição de luta por um mundo melhor do que as manifestações espontâneas verificadas em praça pública por todo mundo? Acredito que não. Portanto, se cada um continuar fazendo a sua parte, o bem haverá de vencer o mau. As nações, unidas, resistirão às garras dos abutres, mesmo que estes se unam.

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