Vem profundo
Nesta solidão de meu mundo
Introduzas martirizando
Em quem estás amando
És mau
Perverso
Liberto de preconceitos
Nada te prende
Perdes os caminhos
Razão pela qual vives sozinho.
Eu por ti fervendo
Em fogo morrendo
Delirando
Febre me consumindo
Por esta paixão sem pudor
Que não tem forma e nem cor
Apenas é arrebatadora
Excessiva
Exclusivista
A ti conquista.
Teus desejos não me enganam
Me queres em tua cama
Recriando com maestria
Todas as tuas fantasias.
Não é difícil para mim
Arrumar um novo enredo
Dando novas formas
À nossa imaginação
Que muitos até pensam
Ser obra de ficção.
Estou molhada agora
Só de pensar em tua voz
Para orgasmos sentir
Não tenho hora
Basta pensar em ti
Meu doce e malévolo algoz.
Quero colocar minha boca na tua
Sou tua mulher de rua
Desejo infinito
De sexo roçando sexo
Somos o côncavo e o convexo
Palavras bobas e sem nexo
Mas foram as que encontrei para colocar
Com teu duro e minha gulosa rimar.
Entra agora
Esqueças as frescuras
Façamos diabruras
Enfies o dedo
A língua tesa também
Não esperes eu dizer: vem!
Abro as coxas com tesão
Lambe agora meu vulcão
Cão
No chão deitado
Crepita
Saem faíscas
Arde
Gritamos e fazemos alarde.
Acoplados
Duas naves aos Céus atingindo
De suores brilhantes,refulgindo
Sobressaindo
Conectados
Circuitos elétricos ligados
Morremos em luxúria
Electrocutados, fulminados ...
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