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Cartas-->MANIFESTO AOS USUÁRIOS DA USINA -- 02/10/2004 - 13:16 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

CARTA ABERTA AOS USINEIROS
(Por Domingos Oliveira Medeiros)

Em face dos últimos acontecimentos, que ensejaram o desligamento voluntário de vários e talentosos companheiros da arte, não posso deixar de manifestar minha opinião e meu posicionamento acerca do assunto, principalmente para dirimir eventuais dúvidas suscitadas por alguns companheiros, com os quais mantenho forte relacionamento, calcado na lealdade e no respeito e admiração mútuos, por considerá-los meus eternos mestres e amigos, independente de suas opiniões e posições sobre os fatos hora em comento. Obviamente, o assunto possui variedade de opiniões que merecem todo o nosso respeito. Todavia, e seguindo a linha de raciocínio do companheiro Mário Roberto Guimarães, com a qual melhor me identifico, manifesto, nesta oportunidade, meu apoio às considerações do citado companheiro, publicadas em carta de primeiro do mês em curso, seção CARTAS, cujo parágrafo, a seguir, resume o apoio acima referido:

“Precisamos admitir que é inviável a manutenção de um espaço cultural deste porte sem que seja cobrada uma pequena quantia de tantos quantos aqui publicam seus textos, e que não deve haver exceções em relação a essa cobrança, seja em razão do tempo de permanência do escritor na Usina, seja por qualquer outro motivo.”
Dentre os muitos escritores que ora estão deixando nosso convívio, há uma grande quantidade que deixa, por assim dizer, um vazio, pelo inegável talento que possuem, como também pelos laços de amizade que fizeram ao longo de sua estada entre nós. Não vou aqui citar nomes, pois não quero correr o risco de esquecer alguns deles, tendo em vista o grande número de pessoas que se estão retirando do site,mas gostaria de conclamá-los a rever sua posição, retornando à Usina de Letras, e, nesse aspecto tenho a ousadia de falar não somente em meu nome, mas também em nome dos colegas que aqui permanecem e, por que não dizer, dos leitores, que já se habituaram à leitura das publicações desses autores.
A Usina de Letras está recomeçando, a partir de agora, e seria bom que esses valorosos colegas aqui estivessem, ajudando-nos a mantê-la no lugar que ocupa, de um site internacionalmente reconhecido. É com esse objetivo que reafirmo, ao dirigir-me aos colegas que se estão retirando: a Usina de Letras precisa de cada um de vocês e, por reconhecer isto, deixo àqueles que realmente gostam de escrever, esta mensagem: Que, a quaisquer mágoas porventura existentes, sobreponha-se a grandeza de reconsiderar uma atitude praticada sob o impacto da emoção...”

Com efeito, e do mesmo modo que o companheiro Mário Roberto, não tenho procuração de qualquer gestor da Usina de Letras e, sequer, conheço, pessoalmente, o Waldomiro. Entretanto, e atendo-me, apenas, ao campo das idéias, meu entendimento a respeito é por demais conhecido, desde que, há cerca de dois ou três anos, elaborei minuta propondo diversas alterações no site, visando agregar qualidade ao mesmo; à época, falava-se que a Usina poderia ser desativada por conta de insuficiência de recursos financeiros para sua manutenção.

Continuo entendendo que a contribuição, desde que em níveis razoáveis e compatíveis com a disponibilização do espaço colcoado à nossa disposição, acrescido de um leque de ofertas de serviços, além do monitoramento e manutenção permanente, faz-se mais do que necessário. Até mesmo para evitar (ou minimizar) a presença de aventureiros de última hora, que, aproveitando-se da gratuidade e do anonimato, possam usar o espaço para manifestações de ordem paranóicas e prejudiciais aos objetivos a que se propõe a Usina de Letras.

Pelos meus textos, é fácil perceber meu repúdio às mazelas do capitalismo selvagem, da exploração e manipulação irresponsável, que se verifica em grande parte do mundo dos negócios. No entanto, não posso concordar com a idéia da gratuidade total dos serviços oferecidos pela Usina de Letras.

O argumento utilizado, por vários companheiros, de que a Usina de Letras é quem deveria pagar pelas nossos escritos, não se sustenta diante do fato de que, se fosse assim, estaríamos invertendo a ordem das coisas, ou seja: os usuários passariam a ocupar o lugar de fornecedores, de prestadores de serviços, o que acarretaria, de pronto, o direito de a Usina selecionar os serviços que fossem do seu interesse.

Nesse ponto, fica fácil presumir que poucos escritores teriam chances de utilizar este espaço; de serem selecionados e contratados pela Usina, que, evidentemente, não teria recursos (e provavelmente interesse) na contratação da maioria dos atuais colaboradores.

De outra parte, não vejo dificuldades em entender a cobrança de que se trata. Vivemos o regime capitalista. Excetuando-se as distorções, sempre condenáveis, a lei da oferta e da procura, mais o binômio receita e custos, dão o rumo dos negócios.

A questão se restringe ao preço da anuidade. Se é alto, abusivo ou fora do poder aquisitivo das pessoas; cada caso é um caso. Sendo assim, salvo melhor juízo, entendo que só existe a possibilidade de pechinchar ou de desistir do negócio. Não tem outra saída.

Tudo tem o seu preço. Paga-se para impressão, divulgação e venda de livros. Particularmente, não acho abusivo cobrar R$ 35 reais por seis meses de utilização de todo o leque de ofertas do site. Mas entendo que a questão do preço, repito, deve levar em conta a situação de cada pessoa. Além do que, para quem quiser, há espaços que são gratuitos.

Caro, convenhamos, no meu modo de ver, são as tarifas de fornecimento de energia, água e esgoto; são os impostos cobrados pelo governo; são as taxas de serviços cobradas pelos bancos, para manutenção e utilização de contas-correntes que, a rigor, só existem porque às custas de nosso próprio dinheiro, que lá depositamos. Caro, são as mensalidades das universidades particulares; caro é a compra e manutenção de nossos pequenos computadores..enfim, cada cabeça é uma sentença.

FINALMENTE, REITERO MINHA CONCORDÂNCIA COM OS TERMOS DA MISSIVA DO AMIGO MÁRIO, NO SENTIDO DE QUE OS TALENTOSOS AMIGOS SE DISPONHAM A REVER SUAS DECISÕOES, E QUE A USINA DE LETRAS FAÇA TODO O ESFORÇO POSSÍVEL NO SENTIDO DE MANTÊ-LOS EM NOSSO CONVÍVIO, TENDO EM VISTA A INEGÁVEL QUALIDADE DE SEUS ESCCRITOS, E, SOBRETUDO, EM BENFÍCIO DOS LEITORES COMO UM TODO.

ABRAÇOS, DOMINGOS.
02 DE OUTUBRO DE 2004

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