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Artigos-->OS TRUQUES DAS MÁGICAS -- 05/04/2003 - 19:53 (LUIZ ROBERTO TURATTI) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
OS TRUQUES DAS MÁGICAS







Paquale Erto foi um dos mais famosos médiuns espíritas. “Os raios emitidos por Erto variam de cor e de longitude, até de 6 metros. Trata-se ou de raios no estrito sentido da palavra, ou em forma de leque, de triângulo, de cone... Também verdadeiros globos de luz. O médium podia imprimir a esses raios a direção que se lhe indicasse. Freqüentemente, a pedido, iluminavam as pessoas que entravam na sala no decorrer da sessão”.



E os pesquisadores italianos fizeram constar que “o próprio Erto exigia que o submetessem ao controle mais completo, ao exame somático praticado sobre o corpo nu, com exploração do reto, uretra, boca, nariz, orelhas, cabelos” etc., para não trucar.



Depois foi submetido a investigação no Instituto Metapsíquico Internacional (IMI), de Paris, durante 36 sessões. Faziam-se também radiografias e vestia-se o médium com um maiô especial talhado sob medida. As aberturas dos punhos, do pescoço e das costas eram costuradas de tal maneira que era impossível passar alguma coisa sem rasgar. A cabeça de Erto era envolvida num véu costurado ao pescoço do maiô. As mãos iam dentro de luvas de boxe atadas com complicadíssimos nós.



Os movimentos do médium tinham parecido suspeitos aos mágicos, presentes entre os pesquisadores. Em outra sessão encontrou-se no sifão de um pia, ao fazer a inspeção da sala após a sessão, um pequeno fragmento de ferro-cerium, que não estava lá durante a inspeção feita antes da sessão. Erto protestou energicamente contra essas suspeitas.



Uma nova série de cinco sessões, na Universidade da Sorbonne. Desta vez, além de todas as outras precauções anteriores, os punhos, os tornozelos e os joelhos de Erto são amarrados aos membros correspondentes de dois mágicos. Este controle confirmou os investigadores na pista da fraude. Com efeito, em exame atento e microscópico do maiô de Erto, descobriram fragmentos de ferro-cerium, e, nas roupas de Erto, minúsculas pontas de aço. Escreve a comissão: “É habilíssimo em soltar as mãos. Guarda o material no bolso dos pesquisadores! Na escuridão, com a boca, através do véu, raspa o ferro-cerium com o aço, produzindo assim as luzes e dissimulando o barulho com um ‘ah!’ violento”. Erto exigia que lhe proporcionassem uma toalha ou um guardanapo para se proteger das luzes, que, dizia ele, “lhe queimavam a cabeça”. Era precisamente com estes panos que o médium dirigia os raios luminosos e imprimia às luminosidades formas diversas.



O uso da boca já era conhecido: Eusápia Palladino, a mais famosa médium de todos os tempos, escondia na boca e manejava o ferro-cerium com lábios e dentes. E, na famosa produtora de luzes, Ana Burton, que também se despia antes da sessão e se revestia de roupas especiais, descobriu-se que a saliva era fosforescente...



Outras maneiras de trucar: óleo fosforado, sulfeto de cálcio, ou de estrôncio, ou de bário, após temporária exposição ao sol. Cápsulas de borracha cheias de hidrogênio fosforado, facilmente inflamável, quando esfregadas, produzem uma espécie de fogos-fátuos, coroas luminosas, faíscas “carregadas de mistério”. E mil técnicas descobertas nos médiuns...



No decurso de uma sessão, com a famosíssima médium Valentine, quando “luzes do além” jorravam e circulavam na escuridão, acenderam subitamente a luz: Valentine agitava em todos os sentidos seus pés descalços, impregnados de óleo fosforado.



O famoso “desmascarador de médiuns”, Harry Price, descreve uma fotogênese (produção de luz) curiosa: Um médium teve a infelicidade de quebrar o vidro em que guardava óleo fosforado. Ao contato com o oxigênio do ar, o óleo se fez luminoso... Quando o médium se levantou, no assento da cadeira apareceu uma “lua cheia” fosforescente, que correspondia exatamente aos fundilhos das calças do médium...



Em sessões de espiritismo, a necessidade de obter os fenômenos, e de obtê-los dentro do tempo destinado à sessão, incita à fraude, que pode ser feita inconscientemente!







Por Luiz Roberto Turatti, aluno do Centro Latino-Americano de Parapsicologia, CLAP (www.clap.org.br), dirigido pelo Prof. Dr. Padre Oscar González-Quevedo, S.J.







Esse artigo já foi publicado em:

- “Tribuna do Povo”, Araras/SP (Brasil), sábado, 10/6/1995.

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