Frêmita bunda, apitando o ar
Pendente trovão a reverberar
Nu orvalho descendo devagar
A magia pousa rente n olhar
Tal caminho a joelhos, vergar
Empurrando, sem tréguas, naufragar
Sereia se sacode, esparramar
Seus seios vão nos sonhos se espraiar
Veias abertas do poente amar
Translúcido, bananeira a plantar
Trem doido do desejo a fumegar
Braços dados à ribalta, dançar
Da poesia nasce o cativar
O poeta nau e a musa mar |